quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Uma boa discussão

Depois do post publicado aqui, sobre a ida de meninas sub-16 e sub-15 para treinar nos EUA, uma boa discussão começou na caixinha e no meu MSN. Mencionei, no artigo, que 13 das 14 atletas que viajarão são de São Paulo, uma prova incontestável sobre a centralização da modalidade no país (principalmente no feminino).

Citaram, principalmente, a jovem Maria Claudia, do Maranhão, a pivô Isabela (14 anos e 1,88m), de Goiás, um dínamo que conseguiu médias de 24,8 pontos e 30 rebotes no Brasileiro Sub-15 de seleções (divisão III recentemente) e a espevitada armadora Nina (14 anos, 1,63m e destaque da mesma competição pela Bahia com 24,8 pontos e 5,5 assistências).

Não resta dúvida de que o melhor basquete do país é praticado em São Paulo, mas também é muito óbvio que há talentos de sobra no restante do país. Cabe, então, a CBB garimpá-lo e treiná-lo não somente para que estas meninas possam seguir no basquete, mas também para que a modalidade seja, de fato, nacional. Sei, também, que não é uma decisão fácil, porque os clubes de São Paulo investem muito e merecem ver as suas atletas se desenvolverem também, mas é uma equação que a Confederação precisa resolver o quanto antes.

Levar dois ou três destaques de regiões em que o basquete ainda não chega com tanta força para uma viagem internacional e com treinamentos de primeira linha seria um baita incentivo às meninas e uma ótima jogada para fazer aquilo que não se consegue em território brasileiro: observá-las com mais constância e treiná-las em alto nível. Fica a sugestão.

30 comentários:

Pedro Trindade disse...

fala Bala ! blz

Nao sei quem te falou da Nina (armadora da Bahia), mas de fato ela é um talento incrivel.

Só para dar meu tesmunho: Ela joga no mesmo clube que eu e ela é daquelas bem "fominha" no bom sentido... ta sempre no clube, treina arremessos depois do treino, fica ate mais tarde e volta e meia até pede pra completar um time nas peladas do ADULTO MASCULINO (que eu jogo).

Alem da desparidade física homem X mulher pra mim o mais incrivel, é que com 14 anos ela joga numa boa no meio dos marmanjos (mesmo com a bola diferente, a marcação mais forte, etc)... no feminino Adulto ela já é a principal jogadora do time desde o ano passado e na categoria delas (14 anos) nem se fala...

Escrevo isso, só para mostrar como é uma vergonha a CBB se quer convidar um talento desses para (ao menos) a fase de treinos da seleçao da categoria.

O que acontece é que quando se olha para o Norte e Nordeste só se busca potenciais fisicos (exp Pivos de mais de 2,00m) e esquecem de um talento evidente como a Nina... para ilustrar isso, aqui na Bahia ja convocaram nesse ano em outras oportunidades tres jogadores (as) para seleções de bae, os três eram pivos (2 meninas e 1 menino) e os tres não são se quer destaques nas suas equipes... daí vc tira uma ideia do que estou falando!

Bom, desculpa pelo longo texto ! Mas é que o tema é muito legal mesmo!

Abração Bala !!

Saudações a todos,

Pedro Trindade

Anônimo disse...

Bala,

Me diga qual modalidade deste país é descentralizada e praticada em alto nível em todos os estados? Infelizmente os poucos que investem (times, empresas, clubes...)acabam tirando vaga de muita gente boa por aí. Acho que as Federações e a Confederação deveriam criar um programa para que esses jovens não sejam desperdiçados.

Anônimo disse...

OK, que essa menina venha para São Paulo, demorou!

fábio balassiano disse...

pedro, sensacional seu depoimento!
me passa os contatos da nina por email, por favor?
fabio.balassiano@gmail.com

abs, fábio

fábio balassiano disse...

anônimo das 16:53, concordo com você.
se todos são centralizados, quem fizer o primeiro bom programa sai na frente, não?
tá aí uma baita oportunidade

abs

Anônimo disse...

Os principais clubes estão concentrados no interior de São Paulo há décadas. Isso é um fato que não se muda da noite para o dia, mas o grande problema é o desperdício de talentos escondidos pelo Brasil e a falta de interesse da CBB em garimpá-los.

Da quantidade se extrai qualidade, se já aos 15 anos, o funil fica reduzido a 12 atletas, fica difícil pensar quantas atletas dessa geração estarão jogando profissionalmente daqui a 5 anos. Estamos vivendo esse problema hoje na seleção adulta, que tem uma base de selecionáveis bastante reduzida e para se pensar em uma seleção forte nas Olímpiadas do Rio em 2016 e nas próximas, a mentalidade tem que mudar agora.

Sugestão:

A CBB pode compor um grupo de treinadores para observar os Campeonatos Brasileiros de Base e logo após o término desses campeonatos, as melhores atletas de cada estado seriam convocadas para treinar por um período de 15 dias.

É pouco, mas é um passo importante para aproximar essas meninas do basquete profissional e da própria CBB, aumentando a base de atletas selecionáveis e monitorando um grupo de maior de atletas por categoria.

Ricardo Oliveira

Anônimo disse...

Fabio, uma pergunta, no feminino assim como no masculino acontece a migração de atletas de outros estados, pois acompanho as seleções de base paulistas nos ultimos quatro anos, e na verdade ha garotos de todo pais nela.
Obs, na sel. bras. sub. 15 de 2009 reclamacam que so havia atletas de SP, mas tinha, dois paranaense, um mineiro, um atleta do DF, um mineiro, um carioca, um gaucho, um que residia na espanha, quatro de SP, mas como a maioria joga em SP classificaram como paulistas.
E acredito que os atletas principalmente na base, devam realmente procurar os centros onde o esporte e mais competitivo.
Mesmo em SP, quando o atleta joga em equipes fracas e dificil se fazer sua avaliação, em muitos casos pensamos, nossa este garoto(a) joga muito, e quando e transferido para um clube competitivo e qwue se consegue fazer a real avaliação.
Como todos adoraria ver o basquete difundido em todo pais mas por enquanto e um sonho que guardamos conosco

Anônimo disse...

Respondendo o anônimo acima,

No feminino, as principais atletas de outros estado são contratadas por equipes de São Paulo, mas para o Campeonato Brasileiro de Base, que dura cerca de 5 dias, cada uma defende seu estado de origem.

Anônimo disse...

A Maria Claudia já foi garimpada ela Mila Rondon e está sendo lapidada em Barueri, por sinal,
ela figura entre as cestinhas do Campeonato Paulista, que mostra que não era à toa que as pessoas comentavam tanto.

É ridículo a CBB continuar ignorndo a menina.

Giam #10 disse...

Aqui em Brasília , no centro-oeste , tem muitas meninas , abaixo de 15 que jogam muitoo !

Anônimo disse...

Pelo amor de Deus, não é todo dia que aparece uma menina de 14 anos e 1,88 querendo jogar basquete!!! Alguém tem que incentivar a garotada!!!! Quantas pivos de 1,95 e 2,04 deixamos passar em branco!!!! Depois que vão para o voley reclamam de falta de atletas!!!

Anônimo disse...

Dentro do mesmo assunto gostaria de levantar outras questões... na idade que essas atletas estão será que vale o investimento de leva-las para os EUA? Quantas dessas atletas se tornarão profissional (claro que é incerto, mas sem dúvidas de um grupo de jogadoras dessa idade 1 ou 2 serão aproveitadas nas seleções futuras).
Pra mim mas um jogo político por ser somente atletas de SP e um investimento que deveria ser aplicado na base mesmo, porém de outra forma pela CBB.

Anônimo disse...

Será que os técnicos das seleções de base conhecem Nina, Isabela e tantas outras meninas talentosas que disputam as competições oficiais que a CBB organiza?

Não houve registro da presença de ninguém da Comissão Técnica nessa competição que essas meninas citadas acabaram de disputar em Goiás.

Nada contra a Janeth, mas é um exagero ela conciliar a função de técnica do sub-15, sub-17 e ainda ser assistente técnica da seleção adulta.

A equipe de treiandores precisa aumentar, pois nas categorias de base é necessário um trabalho de observação constante.

fábio balassiano disse...

Fala, pessoal. To lendo tudo e gostando do papo . Muito boa a discussão . Abs

China disse...

Exatamente Bala....e o principal..é impressionante como em uma caixinha de recados saem tantos comentários com boas e válidas idéias e fica na minha cabeça...como as pessoas RESPONSÁVEIS por ter essas idéias na CBB não as têm ? Como diabos eles não pensam em coisas tão básicas e que são tão discutidas em "simples" caixinhas de recados...Devem estar mais preocupados com outras coisas.... ¬¬

Anônimo disse...

ELES DEVEM ESTAR PREOCUPADOS EM VIAJAR, FICAR EM BONS HOTEIS, BEBER BONS VINHOS E TOMAR ENERGETICOS A VONTADE, QUANTAS VIAGENS CARLOS NUNES, ANDRÉ, REGINALDO, HORTENCIA FIZERAM DESDE QUE ASSUMIRAM A CBB, ALGUÉM SABE RESPONDER.

Anônimo disse...

BEM FEITO PARA OS PRESIDENTES DO NORTE E NORDESTE QUE ACREDITARAM E VOTARAM NO CARLOS NUNES..KKKKKKK

Jalber Rodrigues disse...

Eu acho que o mais sensato seria dar estrutura para todos os estados se fortalecerem e que tivessem condições de manter seus talentos. Depois reclamam que o nacional feminino adulto so tem seis ou sete equipes... achar as meninas não é tão difícil, mante las jogando em alto nível nos seus estados seria o ideal. Dai não seria tão complicado assim achar todos os talentos. Penso que bom pro nosso basquete seria termos campeonatos fortes desde a base até o adulto. Tenho uma equipe feminina disputando o mineiro e quase não consigo equipes em minas pra jogar... tenho boas atletas mas com uma rodagem pequena de jogos. Por isso penso que o ideal seria ampliar horizontes e ter no brasil vários campeonatos fortes.

Anônimo disse...

Bala

Quanta Besteira é falada sem se saber das coisas...
A Isabela, que jogou por goias já está em Barretos a algum tempo. Verifiquem a lista de convocadas na primeira etapa da sub-15 e observem se não consta nada. Qualquer semelhança com os nomes não será mera coincidencia.
Quanta Besteira!!!
Leigo

fábio balassiano disse...

leigo, por que você precisa desqualificar os argumentos dos outros para tentar impor os seus?
não é uma atitude legal, na boa.
principalmente para quem usa um codinome, e não usa o português correto.

o debate aqui está em alto nível.

abs, fábio.

Anônimo disse...

TENHO CERTEZA QUE ESSE ANONIMO DAS 22:58 E ALGUÉM DA CBB MAIS PRECISAMENTE DA IMPRENSA, PAREM DE SE METER NAS CONVERSAS DOS BLOGS E FAÇAM O SEU TRABALHO, PQ SENÃO VCS VAO SER DEMITIDAS PELOS CARAS QUE NAO GOSTAM DE VCS.

Anônimo disse...

Bala,

Como ficou a situação do grande Waldir Pagan Peres que iria assumir cargo nas seleções até pouco tempo?

fábio balassiano disse...

ele não assumiu, anônimo.
não sei o que houve
abs

Anônimo disse...

É preciso reconhecer que boas iniciativas ocorreram na atual gestão nas categorias de base, mas e inegável também que ainda existe um longo caminho a ser percorrido e as críticas são nesse sentido.


Os Campeonato Brasileiro de Base, por exemplo, que traz de volta a seus estados as atletas que jogam em São Paulo, está mais forte do que antes e poderia ser ainda mais ampliado, porque é algo que ajuda muito a difundir o basquete de base pelo país, uma semana de duração é muito pouco.

É verdade também que a Janeth convocou um grande número de atletas de outros estados para treinar na primeira fase com a seleção sub-15 em 2009. Foi uma excelente iniciativa que poderia ser sistematizada, pois as jogadoras continuam evoluindo e precisam ser acompanhadas constantemente pela CBB.

Esse ano, por exemplo, a convocação foi bem mais restritiva, uma pena.

Muita coisa se perde no caminho e outras ficam apenas no discurso.

A CBB precisa ter uma equipe mais estruturada para desenvolver um trabalho permanente e bem planejado nas categorias de base e não apenas reunir as jogadoras às vésperas das competições.

Ricardo.

Anônimo disse...

Olha, a grande verdade é que o basquete continua centralizado mesmo e as meninas que tem talento e querem se desenvolver mais ,acabam vindo para São Paulo. Quantas meninas que as vezes são boas em seus estados e chegam nos grandes centros e são jogadoras iguais ou piores que as que estão aqui. Os campeonatos em outros locais são fracos as vezes competindo com os campeonatos colegiais de São Paulo.É uma pena mas tudo continua como antes e não vejo melhoras a curto prazo para esta questão.

Anônimo disse...

Eu discordo do anônimo das 19:19,


Acho que a CBB deveria ter uma espécie de ombudsman, devidamente identificado, para dialogar sobre os assuntos tratados nos blogs que falam de basquete, pois são veículos que formam opinião e às vezes circulam afirmações nos comentários das caixinhas que nem sempre são corretas.

Veja nesse caso, poucos sabiam que a Isabela de Goiás, já é treinada em Barretos ou que a Maria Cláudia treina em Barueri.

Anônimo disse...

Fabio.
Minha intensão não foi a de desqualificar, mas sim justificar alguns comentários enganosos. A maioria das pessoas não sabiam que a Isabela veio jogar em SP. Mas reconheço que deveria ter sido mais sutil no comentário.
Leigo

fábio balassiano disse...

obrigado, leigo.
entendo perfeitamente o seu comentário, mas poderia, como você mesmo identificou, ser mais comedido.

abs, fábio

Anônimo disse...

As jogadoras só saem dos seus estados porque la,não existe continuidade.Ninguem se interessa
por nada, e poucos sabem trabalhar.
Aí, não adianta chorar pois as
meninas têm mais é que procurar
o melhor lugar para desenvolverem
o seu potencial.

Anônimo disse...

acho que o desenvolvimento da base eh um problema em todos os esportes.
acho que o unico que consegue alguma coisa eh o volei.
as selecoes de base do volei estao sempre se reunindo, jogando com varias selecoes por mundo a fora.
mas o que acho mais legal eh eles estarem atenados em o que esta faltanda na selecao adulta e concentrar energia nessa deficiencia.

aconteceu isso com as centrais e hoje temos as melhores centrais do mundo. agora eles estao se preocupando com as atancantes passadoras e levantadoras.

Deveriamos seguir o modelo do volei. afinal de contas as modalidades nao sao tao diferentes assim. a diferenca do volei eh ter bons tecnicos na base