Pessoal, a partir de hoje o Bala na Cesta está no UOL. Nada muda, ok?
O link do BNC está aqui.
Aguardo todos vocês por lá.
Abs, Fábio Balassiano.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
Chave
Milhões de estatísticas já pipocaram por aí sobre finais (e talvez a mais impressionante seja a que diga que quem vence o jogo 3 após o 1-1 nos dois duelos iniciais sempre levou o título da NBA), mas acho que a peleja de hoje (21h, com transmissão da ESPN) é um pouco maior do que números e mais números.
Falei sobre isso, inclusive, com Vitor Sergio e João da Paz em um Podcast (ouça aqui), e quero muito saber como reagirá o Miami Heat após ter perdido a chance mais clara do mundo para "finalizar" uma série nessa pós-temporada (tal qual aconteceu com o Dallas em 2006 contra o próprio Miami, diga-se). Para Magic Johnson, que já passou por isso inúmeras vezes em sua carreira, ou LeBron James e Dwyane Wade recolocam o time nos trilhos no jogo 3, ou a série ficará na mão do Dallas de vez, que nos 22-5 que fecharam a segunda partida conseguiu expor novamente todas as deficiências dos rivais (defesa ruim no garrafão, falta de capacidade para "fechar" pelejas difíceis e a conhecida falta de habilidade de LeBron James para ler o jogo no final).
É uma possibilidade, sem dúvida, principalmente porque o ritmo da série mudou. De um quase certo 0-2 (torcedores texanos já vendiam seus ingressos em sites como o E-Bay na metade do último período do jogo 2 inclusive), o Dallas tem a chance de tentar "estender" os cinco minutos mágicos de quinta-feira neste domingo, diante de sua torcida. Se conseguir, vence a partida, dá um passo gigantesco para conquistar o título e coloca a confiança do Miami Heat ainda mais pra baixo. É um jogo, é um jogo de uma série que pode durar por mais quatro duelos, mas é sem dúvida o jogo mais "psicológico" desses playoffs até aqui. Tática e cabeça, hoje, têm a mesmíssima importância. O que será que acontecerá? Comente na caixinha!
Falei sobre isso, inclusive, com Vitor Sergio e João da Paz em um Podcast (ouça aqui), e quero muito saber como reagirá o Miami Heat após ter perdido a chance mais clara do mundo para "finalizar" uma série nessa pós-temporada (tal qual aconteceu com o Dallas em 2006 contra o próprio Miami, diga-se). Para Magic Johnson, que já passou por isso inúmeras vezes em sua carreira, ou LeBron James e Dwyane Wade recolocam o time nos trilhos no jogo 3, ou a série ficará na mão do Dallas de vez, que nos 22-5 que fecharam a segunda partida conseguiu expor novamente todas as deficiências dos rivais (defesa ruim no garrafão, falta de capacidade para "fechar" pelejas difíceis e a conhecida falta de habilidade de LeBron James para ler o jogo no final).
É uma possibilidade, sem dúvida, principalmente porque o ritmo da série mudou. De um quase certo 0-2 (torcedores texanos já vendiam seus ingressos em sites como o E-Bay na metade do último período do jogo 2 inclusive), o Dallas tem a chance de tentar "estender" os cinco minutos mágicos de quinta-feira neste domingo, diante de sua torcida. Se conseguir, vence a partida, dá um passo gigantesco para conquistar o título e coloca a confiança do Miami Heat ainda mais pra baixo. É um jogo, é um jogo de uma série que pode durar por mais quatro duelos, mas é sem dúvida o jogo mais "psicológico" desses playoffs até aqui. Tática e cabeça, hoje, têm a mesmíssima importância. O que será que acontecerá? Comente na caixinha!
sábado, 4 de junho de 2011
A opção de Benite
Li atentamente a entrevista de Vitor Benite a Rodrigo Alves, no Rebote. Lá, o jogador de 21 anos explica os motivos que o levaram a trocar Franca por Limeira (ponto alto da semana recheada de contratações dos times visando o NBB4). A explicação do cara é pra lá de clara: ele quer jogar na posição 1 para chegar à seleção brasileira. Simples assim, e a sua opção merece ser respeitada.
Mas há pontos que Benite, filho do ex-jogador Frico (ídolo maior de Magic Paula, sabiam?), precisa também levar em consideração. Como bem lembraram na caixinha e no Twitter, será o terceiro clube do rapaz em menos de três temporadas (Pinheiros, Franca e agora Limeira), e isso não é bom (mostra que o jovem não cria raízes em lugar algum). Se a sua intenção é atuar no time de Demétrius na posição 1, é bom ele ter em mente que encontrará Eric Tatu, Neto (recém-contratado) e Ramon, que vira e mexe assume a armação. E o mais importante: por maior que seja o seu senso de liderança (e é mesmo - o que é ótimo), é absolutamente obrigatório que, independente de jogando para Hélio Rubens ou Demétrius, Benite melhore em dois aspectos muito básicos: defesa e capacidade física. Sem isso, ele sempre será um jogador ótimo para os padrões brasileiros e mediano para os internacionais (bem familiar isso, não?)
Conforme coloquei no Twitter, achei que Benite usaria o seu ótimo NBB3 para tentar dar um salto maior na carreira (Europa). Não foi dessa vez. Se é pra ficar no Brasil (um basquete com potencial claramente menor), que ao menos ele siga evoluindo. Como ele bem sabe e disse ao Rodrigo, a sua estrada para a construção de uma carreira sólida ainda precisa ser muito pavimentada.
Mas há pontos que Benite, filho do ex-jogador Frico (ídolo maior de Magic Paula, sabiam?), precisa também levar em consideração. Como bem lembraram na caixinha e no Twitter, será o terceiro clube do rapaz em menos de três temporadas (Pinheiros, Franca e agora Limeira), e isso não é bom (mostra que o jovem não cria raízes em lugar algum). Se a sua intenção é atuar no time de Demétrius na posição 1, é bom ele ter em mente que encontrará Eric Tatu, Neto (recém-contratado) e Ramon, que vira e mexe assume a armação. E o mais importante: por maior que seja o seu senso de liderança (e é mesmo - o que é ótimo), é absolutamente obrigatório que, independente de jogando para Hélio Rubens ou Demétrius, Benite melhore em dois aspectos muito básicos: defesa e capacidade física. Sem isso, ele sempre será um jogador ótimo para os padrões brasileiros e mediano para os internacionais (bem familiar isso, não?)
Conforme coloquei no Twitter, achei que Benite usaria o seu ótimo NBB3 para tentar dar um salto maior na carreira (Europa). Não foi dessa vez. Se é pra ficar no Brasil (um basquete com potencial claramente menor), que ao menos ele siga evoluindo. Como ele bem sabe e disse ao Rodrigo, a sua estrada para a construção de uma carreira sólida ainda precisa ser muito pavimentada.
A esperança
É óbvio que não dá pra analisar muito (não consegui as estatísticas no site da USA Basbetkball, não sei há quanto tempo as norte-americanas estão treinando e nem quem atuou), mas acho que vale a pena registrar o que aconteceu com a seleção feminina sub-19 nos EUA na tarde desta sexta-feira em Orlando.
Sob o comando de Luiz Claudio Tarallo, a seleção, que treina junta há mais de três meses em Jundiaí, venceu as norte-americanas por 64-61. Mais uma vez Damiris foi a cestinha, com 25 pontos, e Tássia somou 13, mas o mais legal de se notar é a evolução da equipe, que perdeu dos EUA ano passado na Copa América duas vezes por inapeláveis 89-46 e 81-38. É uma melhora e tanto, não?
É óbvio (insisto nisso) que não dá pra analisar por um amistoso, e muito menos pelo que não vi, mas eu sinceramente acho que essa geração da Sub-19 que disputará o Mundial do Chile tem muito valor. É um time atlético (apesar de sem muitas peças no garrafão), que defende bem e com jogadoras diferentes como Isabela Ramona, Carina e Joice. Que elas sigam evoluindo.
Sob o comando de Luiz Claudio Tarallo, a seleção, que treina junta há mais de três meses em Jundiaí, venceu as norte-americanas por 64-61. Mais uma vez Damiris foi a cestinha, com 25 pontos, e Tássia somou 13, mas o mais legal de se notar é a evolução da equipe, que perdeu dos EUA ano passado na Copa América duas vezes por inapeláveis 89-46 e 81-38. É uma melhora e tanto, não?
É óbvio (insisto nisso) que não dá pra analisar por um amistoso, e muito menos pelo que não vi, mas eu sinceramente acho que essa geração da Sub-19 que disputará o Mundial do Chile tem muito valor. É um time atlético (apesar de sem muitas peças no garrafão), que defende bem e com jogadoras diferentes como Isabela Ramona, Carina e Joice. Que elas sigam evoluindo.
Matrix
Dirk Nowitzki é o craque do time, Jason Kidd arruma a casa, Jason Terry traz energia do banco de reservas, mas há uma peça que merece mais crédito do que nunca. É Shawn Marion, que tem as médias de 18 pontos, nove rebotes e 57,7% nos tiros de quadra na decisão (números que superam e muito os tímidos 12 pontos e 6,9 rebotes na pós-temporada até aqui). Mas falar de números com Marion não é o mais indicado.
Como bem disse o técnico Rick Carlisle após o jogo 2 (o da virada histórica com as 678 bolas de Dirk Nowitzki, certo?), o alemão foi fundamental, mas sem Marion em quadra o Dallas não teria conseguido sequer esboçar reação. Foi Marion que marcou Wade depois da incrível cesta do ala em frente ao banco dos texanos que abriu 15 pontos (três erros de arremesso em sequência), foi ele que ajudou na cobertura de LeBron James nos minutos seguintes (0-4 nos últimos 90 segundos para o camisa 6) e foi ele que ainda teve pernas para acertar em todas as rotações finais do Dallas. Mérito pouco é bobagem.
Sempre disse que a maior bobeira daquele grande Phoenix Suns foi ter trocado Shawn Marion. Era ele que comandava o pouco de defesa que havia naquele time (e não Raja Bell sozinho!), e mesmo assim seu valor nunca foi dado na medida certa. Agora em Dallas, o ala não possui a mesma capacidade física de quatro, cinco anos atrás (normal para um sujeito que agora tem 33 anos, né), mas seu rendimento na defesa principalmente continua sendo excepcional. Suas múltiplas habilidades na marcação podem levar os Mavs ao anel que ele não conseguiu no Arizona.
Como bem disse o técnico Rick Carlisle após o jogo 2 (o da virada histórica com as 678 bolas de Dirk Nowitzki, certo?), o alemão foi fundamental, mas sem Marion em quadra o Dallas não teria conseguido sequer esboçar reação. Foi Marion que marcou Wade depois da incrível cesta do ala em frente ao banco dos texanos que abriu 15 pontos (três erros de arremesso em sequência), foi ele que ajudou na cobertura de LeBron James nos minutos seguintes (0-4 nos últimos 90 segundos para o camisa 6) e foi ele que ainda teve pernas para acertar em todas as rotações finais do Dallas. Mérito pouco é bobagem.
Sempre disse que a maior bobeira daquele grande Phoenix Suns foi ter trocado Shawn Marion. Era ele que comandava o pouco de defesa que havia naquele time (e não Raja Bell sozinho!), e mesmo assim seu valor nunca foi dado na medida certa. Agora em Dallas, o ala não possui a mesma capacidade física de quatro, cinco anos atrás (normal para um sujeito que agora tem 33 anos, né), mas seu rendimento na defesa principalmente continua sendo excepcional. Suas múltiplas habilidades na marcação podem levar os Mavs ao anel que ele não conseguiu no Arizona.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
O 'amarelão' decidiu
O jogo caminhava para uma surra do Miami. Faltavam sete minutos, os donos da casa abriam 88-73, Dwyane Wade tinha incríveis 36 pontos e o Dallas parecia morto. Parecia. Tirando forças não se sabe de onde, os Mavs fizeram 22-5, mudaram o panorama, cravaram 95-93 e agora viajam para o Texas com o 1-1 mais vitorioso da história do basquete. Vale lembrar que os Heat estavam invictos na Flórida nestes playoffs até esta quinta-feira.
Dirk Nowitzki, aquele que já chamaram de 'amarelão', anotou nove pontos nos últimos três minutos (três arremessos nos últimos 57 segundos), somou 24 no total (Arthur Mendes matou a charada e faturou a camisa da Alemanha) e guiou o Dallas Mavericks a uma das viradas mais sensacionais da pós-temporada (parecida, não sei se concordam, com aquela do Boston na final de 2008 contra os Lakers, em Los Angeles). Jason Terry, que estava sumido, teve oito pontos no começo da reação e também foi importante.
O Miami foi bem, mas sofreu o mesmo colapso que o Chicago sofrera contra o próprio Heat. Agora a série se muda para Dallas, e os Mavericks podem decidir o título por lá mesmo (não creio nisso). É fato que está tudo empatado (1-1 é sempre 1-1, né), mas os Mavs voltam para o lar com muita confiança (confiança que estava seriamente abalada após nove enterradas na cabeça durante 40 minutos desta partida) e com Dirk Nowitzki totalmente revigorado (15 pontos no segundo tempo e 7-12 nos chutes). E você, viu o jogo? Gostou? Comenta na caixinha!
Dirk Nowitzki, aquele que já chamaram de 'amarelão', anotou nove pontos nos últimos três minutos (três arremessos nos últimos 57 segundos), somou 24 no total (Arthur Mendes matou a charada e faturou a camisa da Alemanha) e guiou o Dallas Mavericks a uma das viradas mais sensacionais da pós-temporada (parecida, não sei se concordam, com aquela do Boston na final de 2008 contra os Lakers, em Los Angeles). Jason Terry, que estava sumido, teve oito pontos no começo da reação e também foi importante.
O Miami foi bem, mas sofreu o mesmo colapso que o Chicago sofrera contra o próprio Heat. Agora a série se muda para Dallas, e os Mavericks podem decidir o título por lá mesmo (não creio nisso). É fato que está tudo empatado (1-1 é sempre 1-1, né), mas os Mavs voltam para o lar com muita confiança (confiança que estava seriamente abalada após nove enterradas na cabeça durante 40 minutos desta partida) e com Dirk Nowitzki totalmente revigorado (15 pontos no segundo tempo e 7-12 nos chutes). E você, viu o jogo? Gostou? Comenta na caixinha!
quinta-feira, 2 de junho de 2011
A segunda promoção das finais da NBA
O jogo 1 e a primeira promoção já passaram, então vamos à segunda: como todo mundo sabe que Dirk Nowitzki é um monstro, vamos sortear uma camisa pólo da seleção da Alemanha. Para concorrer, envie um email para fabio.balassiano@gmail.com com endereço, nome completo e o número de pontos que o germânico anotará na noite de hoje, quinta-feira. Então corra, porque o primeiro que enviar o palpite correto leva. Boa sorte a todos!
Benite e Rogério em Limeira
A informação surgiu primeiro no Giro no Aro, e agora recebi uma mensagem a respeito. Vitor Benite e o ala Rogério, que jogaram o NBB3 por Franca, acabam de fechar em Limeira para a próxima temporada. Depois volto com a análise. Ótimas aquisições para a equipe de Demétrius, não acham?
Caso de polícia
Fab Melo (foto), pivô brasileiro que atua na Universidade de Syracuse, teve que prestar depoimento à polícia local ontem. O motivo foi a conturbada relação dele com a namorada, que teria sido agredida. Aqui mais sobre a história - que é pouco animadora, diga-se de passagem. Uma pena.
O que fazer, Dallas?
Não é que o Dallas tenha jogado muito mal na primeira partida contra o Miami Heat. Não é isso. As bolas de três não caíram no segundo tempo, o ataque não fluiu (as 18 assistências ficam abaixo da média de 20,8 nos playoffs) e o banco de reservas não produziu (apenas 17 pontos - mesmo índice que Jason Terry tem sozinho na pós-temporada). O problema maior, porém, veio na defesa.
Foi na retaguarda que o Dallas não foi o Dallas. A famosa defesa por zona apareceu muito pouco (na metade do segundo período, e um pouco na volta do intervalo apenas), Tyson Chandler saiu demais do garrafão e o resultado foi que o Miami teve 16 rebotes ofensivos, muita coisa para uma partida disputada e com aproveitamento ruim nos arremessos de quadra (menos de 40%). E jogar contra o Miami Heat sem defender muitíssimo bem é sinal de derrota, certo? Foi o que aconteceu...
A história, agora, é saber como o Dallas Mavericks entrará em quadra nesta noite. Nova derrota, e o fantasma do vice-campeonato deve reaparecer - e com ele as críticas também. Para evitar isso, os Mavs precisam defender, e defender muito. Fazer com que o Miami Heat se sinta ainda mais tranquilos e à vontade na série não ajudará em nada. Será que eles conseguem?
Foi na retaguarda que o Dallas não foi o Dallas. A famosa defesa por zona apareceu muito pouco (na metade do segundo período, e um pouco na volta do intervalo apenas), Tyson Chandler saiu demais do garrafão e o resultado foi que o Miami teve 16 rebotes ofensivos, muita coisa para uma partida disputada e com aproveitamento ruim nos arremessos de quadra (menos de 40%). E jogar contra o Miami Heat sem defender muitíssimo bem é sinal de derrota, certo? Foi o que aconteceu...
A história, agora, é saber como o Dallas Mavericks entrará em quadra nesta noite. Nova derrota, e o fantasma do vice-campeonato deve reaparecer - e com ele as críticas também. Para evitar isso, os Mavs precisam defender, e defender muito. Fazer com que o Miami Heat se sinta ainda mais tranquilos e à vontade na série não ajudará em nada. Será que eles conseguem?
Sentiremos falta, Shaq
Os números falam por si só (quatro títulos, três MVP's das finais, um MVP da temporada regular, outros três MVP's do All-Star Game, 13 temporadas com médias de 20 pontos e dez rebotes, recorde na história da NBA etc.), mas isso seria muito pouco para qualificar Shaquille O'Neal, o segundo melhor pivô que vi jogar (só perde para Hakeem Olajuwon, que também era de outro planeta).
Sai de cena a alegria, sai de cena o carisma, sai de cena a melhor sacada da entrevista coletiva da NBA, sai de cena o policial nas horas vagas, sai de cena o cara que não conseguia arremessar um lance-livre correto mas que quando sofria o famoso Hack-A-Shaq se negava a errar (nem sempre conseguia, é verdade...), sai de cena um sujeito quase sempre bem humorado e de bem com a vida. Quer saber mais do Shaq? Vai no Youtube e ria, vai na Wikipedia e se surpreenda, vai no Twitter e abra um sorriso com as suas falas.
Shaquille O'Neal foi um monstro sagrado do basquete que se aposenta após 19 temporadas de muito mais altos do que baixos (os últimos quatro anos de sua carreira foram baixíssimos). Leva consigo o mérito de ter transformado uma montanha de músculos em alguém que pontuava como poucos, que sabia passar bem para o seu tamanho, que dominava o garrafão como poucos e que conseguiu ser um vencedor acima de tudo - dentro e fora de quadra. Vai deixar muitas saudades, Shaq. Obrigado.
Sai de cena a alegria, sai de cena o carisma, sai de cena a melhor sacada da entrevista coletiva da NBA, sai de cena o policial nas horas vagas, sai de cena o cara que não conseguia arremessar um lance-livre correto mas que quando sofria o famoso Hack-A-Shaq se negava a errar (nem sempre conseguia, é verdade...), sai de cena um sujeito quase sempre bem humorado e de bem com a vida. Quer saber mais do Shaq? Vai no Youtube e ria, vai na Wikipedia e se surpreenda, vai no Twitter e abra um sorriso com as suas falas.
Shaquille O'Neal foi um monstro sagrado do basquete que se aposenta após 19 temporadas de muito mais altos do que baixos (os últimos quatro anos de sua carreira foram baixíssimos). Leva consigo o mérito de ter transformado uma montanha de músculos em alguém que pontuava como poucos, que sabia passar bem para o seu tamanho, que dominava o garrafão como poucos e que conseguiu ser um vencedor acima de tudo - dentro e fora de quadra. Vai deixar muitas saudades, Shaq. Obrigado.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Shaq parou
Shaquille O'Neal acaba de anunciar a sua aposentadoria no Twitter. Após 19 temporadas, um dos caras mais carismáticos da NBA sai de cena. Comente aqui que depois faço um post completo. Vai deixar saudades, não vai?
Alto-falante
"Na TV podíamos passar apenas as finais do Oeste. Com isso, questionamos a NBA sobre a possibilidade de transmitirmos as do Leste no rádio. A NBA adorou a ideia e fomos prontamente atendidos. A única exigência foi que divulgássemos o site oficial da liga no ar. Tivemos participação impressionante do fã de esportes nas redes sociais com a NBA. Apostamos na modalidade sem realizarmos pesquisas com o público, isso porque sabemos que o basquete já faz sucesso no rádio brasileiro e porque não tivemos tempo para tal. Confiamos no nosso feeling. Além disso, sabemos da qualidade da nossa equipe, do nosso trabalho"
A declaração é de João Palomino (foto) ao site da Meio & Mensagem. O narrador dos canais ESPN e diretor de esportes da Rádio Estadão ESPN relata a satisfatória experiência da rádio, que passou as finais do Leste da NBA e agora exibe a decisão da competição. Um detalhe singelo: a Estadão/ESPN quis transmitir, também, as finais do NBB3, mas a Liga e a TV Globo vetaram. Para quem precisa de exposição do produto, capilaridade de marca e abrangência, foi uma decisão sensata?
É hoje, Huertas
Não resta outra alternativa ao Baskonia de Marcelinho Huertas na Liga ACB. Nesta quarta-feira, às 15h30, seu time não pode pensar em derrota se quiser manter viva a chama do bicampeonato da Liga ACB. O problema, e não é um problema pequeno, é que do outro lado estará o timaço do Barcelona, que aplicou duas surras nos vitorianos nas partidas que abriram a série (diferença de 27 pontos somados).
E para aumentar ainda mais o "drama" do Baskonia, seu rival da região basca, o Bilbao, está prestes a concretizar uma das maiores zebras da história da Liga ACB. Com a vitória por 68-51 contra o Real Madrid ontem, os comandados do grego Fotios Katsikaris, que pegaram 14 rebotes ofensivos (surreal!), precisam apenas de mais uma vitória para chegar à inédita final (antes, o melhor resultado do clube havia sido apenas "chegar" aos playoffs).
Huertas tem feito uma temporada brilhante, mas acho que nesta semifinal está muito clara a falta que Tiago Splitter faz ao garrafão do Baskonia. O Barcelona apanhou 21 rebotes ofensivos e tem visto seus homens de garrafão pontuando com constância e facilidade. Vamos ver o que o armador brasileiro nos reserva para esta tarde.
E para aumentar ainda mais o "drama" do Baskonia, seu rival da região basca, o Bilbao, está prestes a concretizar uma das maiores zebras da história da Liga ACB. Com a vitória por 68-51 contra o Real Madrid ontem, os comandados do grego Fotios Katsikaris, que pegaram 14 rebotes ofensivos (surreal!), precisam apenas de mais uma vitória para chegar à inédita final (antes, o melhor resultado do clube havia sido apenas "chegar" aos playoffs).
Huertas tem feito uma temporada brilhante, mas acho que nesta semifinal está muito clara a falta que Tiago Splitter faz ao garrafão do Baskonia. O Barcelona apanhou 21 rebotes ofensivos e tem visto seus homens de garrafão pontuando com constância e facilidade. Vamos ver o que o armador brasileiro nos reserva para esta tarde.
Miami sai na frente
Não foi uma partida brilhante (nem de um lado e nem de outro), os dois times erraram horrores (em arremessos, em rotações e em tomadas de decisões) e até os técnicos não estiveram muito felizes (principalmente Rick Carlisle, que não usou a sua famosa defesa por zona - e isso eu não entendi até agora), mas anote aí que o Miami Heat fez 92-84 no Dallas, abriu 1-0 na decisão da NBA e deu um ótimo passo para conquistar o segundo título da franquia. O cestinha foi Dirk Nowitzki, com 27 pontos, e Lucas Candemil é o vencedor da bola oficial da Nike - parabéns, rapaz!
Pelo Miami, Chris Bosh esteve bem (18 pontos, nove rebotes e excelente defesa a Dirk Nowitzki quando solicitado), Wade e Lebron foram Wade (15 dos 22 pontos na segunda etapa) e Lebron (24 pontos), as bolas de três caíram (11-24), a defesa fluiu terrivelmente bem (excelentes rotações, hein!) e até o banco de reservas, tão criticado, esteve acima das expectativas (27 pontos e 15 rebotes contra 17 pontos e oito rebotes dos texanos). Pelos Mavericks, Dirk não esteve mal com 27 pontos, mas viu Jason Terry e Peja Stojakovic, que vinham acertando tudo nos playoffs, errarem a mão de longe (3/13 pra dupla). Na marcação, o Dallas permitiu infiltrações (fato raro), deixou Tyson Chandler exposto e não usou a defesa por zona em muitas ocasiões (quando o fez, no segundo período, anotou nove pontos seguidos - quatro em contra-ataques gerados pela pressão nos rivais).
A série permanece em Miami, e na quinta-feira teremos o jogo 2. Nova vitória aproxima os Heat ainda mais do título. Se o Dallas quiser algo na final, que melhore muito, muito mesmo (hoje não pareceu o time que colocou todos no Oeste no bolso). E aí, amigo leitor, viu o jogo? Comente na caixinha aí então!
Pelo Miami, Chris Bosh esteve bem (18 pontos, nove rebotes e excelente defesa a Dirk Nowitzki quando solicitado), Wade e Lebron foram Wade (15 dos 22 pontos na segunda etapa) e Lebron (24 pontos), as bolas de três caíram (11-24), a defesa fluiu terrivelmente bem (excelentes rotações, hein!) e até o banco de reservas, tão criticado, esteve acima das expectativas (27 pontos e 15 rebotes contra 17 pontos e oito rebotes dos texanos). Pelos Mavericks, Dirk não esteve mal com 27 pontos, mas viu Jason Terry e Peja Stojakovic, que vinham acertando tudo nos playoffs, errarem a mão de longe (3/13 pra dupla). Na marcação, o Dallas permitiu infiltrações (fato raro), deixou Tyson Chandler exposto e não usou a defesa por zona em muitas ocasiões (quando o fez, no segundo período, anotou nove pontos seguidos - quatro em contra-ataques gerados pela pressão nos rivais).
A série permanece em Miami, e na quinta-feira teremos o jogo 2. Nova vitória aproxima os Heat ainda mais do título. Se o Dallas quiser algo na final, que melhore muito, muito mesmo (hoje não pareceu o time que colocou todos no Oeste no bolso). E aí, amigo leitor, viu o jogo? Comente na caixinha aí então!
Alto-falante
"Nenê seria um ídolo se se dedicasse mais ao Brasil. Nenê nunca mais vai ser nada para o Brasil. Não sei por que ele não quer ajudar o seu país. Não sei o que ele pensa, mas é isso o que eu acho"
A declaração, forte e sincera, é de Kouros Monadjemi, presidente da LNB ao Globoesporte.com. E aí, amigos, o que acham?
A declaração, forte e sincera, é de Kouros Monadjemi, presidente da LNB ao Globoesporte.com. E aí, amigos, o que acham?
terça-feira, 31 de maio de 2011
A primeira promoção das finais da NBA
Quer ganhar uma bola oficial de basquete da Nike? Então beleza. Lustre sua bola de cristal e diga aí: quem será o cestinha do Jogo 1, e quantos pontos ele marcará? Só serão válidos os palpites enviados para o fabio.balassiano@gmail.com com endereço e nome completos, ok? Boa sorte pra vocês. Mas corra. Se houver empate o cidadão que tiver enviado antes leva. Fechado? Boa sorte a todos!
Olho na defesa do Dallas
No dia 20 de dezembro o Dallas Mavericks venceu em Miami e deixou os Heat tão atordoados que Chris Bosh saiu da partida dizendo: "Para ser sincero, nem sei se eles estavam marcando por zona ou de forma individual". Era a defesa por zona, Bosh, a melhor "zona" da NBA.
Já expliquei isso aqui uma vez (e o engraçado é que naquele texto eu coloquei que: "Os Mavericks não são o melhor time da liga, mas provavelmente são aqueles que praticam a melhor combinação de defesa por zona e individual da NBA. Isso renderá dividendos a eles"), e acho que o Dallas vai começar a final tentando o mesmo antídoto: fechar o garrafão para as infiltrações de Wade e LeBron e "mandar" o Miami chutar.
Deu certo na temporada regular contra a turma da Flórida, deu certo contra os Lakers nos playoffs e deu certo contra o Oklahoma na final do Oeste, mas agora há um fator diferente que Erik Spoelstra conta: James Jones (45,9%) tem arremessado bem pacas de três pontos na pós-temporada. Isso, claro, sem falar no jogo mais efetivo de Chris Bosh perto da cesta.
É claro que de lá pra cá muita coisa mudou (o ataque do Miami continua concentrado, mas as "outras" armas até que aparecem de vez em quando), mas para vencer a decisão o Miami terá que mostrar ao Dallas que sabe atacar contra a defesa por zona. Se conseguir isso, dará alguns passos rumo ao segundo título da franquia. Se esbarrar no mesmo erro dos Lakers (que arremessou mal de fora e não conseguiu nem forçar lances-livres no jogo de contato físico), no entanto, poderá ter o mesmíssimo destino dos angelinos na segunda rodada.
Já expliquei isso aqui uma vez (e o engraçado é que naquele texto eu coloquei que: "Os Mavericks não são o melhor time da liga, mas provavelmente são aqueles que praticam a melhor combinação de defesa por zona e individual da NBA. Isso renderá dividendos a eles"), e acho que o Dallas vai começar a final tentando o mesmo antídoto: fechar o garrafão para as infiltrações de Wade e LeBron e "mandar" o Miami chutar.
Deu certo na temporada regular contra a turma da Flórida, deu certo contra os Lakers nos playoffs e deu certo contra o Oklahoma na final do Oeste, mas agora há um fator diferente que Erik Spoelstra conta: James Jones (45,9%) tem arremessado bem pacas de três pontos na pós-temporada. Isso, claro, sem falar no jogo mais efetivo de Chris Bosh perto da cesta.
É claro que de lá pra cá muita coisa mudou (o ataque do Miami continua concentrado, mas as "outras" armas até que aparecem de vez em quando), mas para vencer a decisão o Miami terá que mostrar ao Dallas que sabe atacar contra a defesa por zona. Se conseguir isso, dará alguns passos rumo ao segundo título da franquia. Se esbarrar no mesmo erro dos Lakers (que arremessou mal de fora e não conseguiu nem forçar lances-livres no jogo de contato físico), no entanto, poderá ter o mesmíssimo destino dos angelinos na segunda rodada.
Gira mundo
No último dia 25 de maio, 18 clubes sentaram e discutiram a relação do seu campeonato local. De acordo com eles, a reunião teve o objetivo de "dar um novo impulso que permita transmitir a cada um dos componentes da Liga coragem para encarar a grave situação atual com seriedade e rigor". Não sei se vocês imaginam, mas o trecho retirado acima vem de um comunicado oficial da imensa Liga ACB, a segunda melhor do mundo (gracias pela informação, Patricia Arbulo). Os clubes espanhóis estão mais do que nunca preocupados com uma conta que não fecha e com os rumos que a modalidade tem tomado no país. Por isso eles foram conversar, trocar ideias e procurar soluções.
Isso tudo para dizer que aqui no Brasil deve ser feito o mesmo. Tanto LBF (mais do que nunca) quanto LNB devem conversar para encontrar soluções para seus problemas. Em relação à liga masculina, é obrigatório que se tenha em mente que televisão (seja ela qual for) é meio, e não fim. É ela que transmite os jogos, mas não é só ela que traz novos clientes para a modalidade. Ficar restrito à TV (e já cansei de dizer isso aqui) é dar um tiro no próprio pé e fecha demais os olhos para um público que se cresce, só cresce por aqui na internet. Para ser pragmático: por mais que a Liga tente lançar foguete, o Jogo das Estrelas deu pequena audiência (seis pontos é muito pouco) e os índices dos playoffs do NBB3 não mudaram tanto em relação ao dos dez últimos anos de Nacional na TV fechada.
É óbvio que o torneio é mais organizado e tem uma continuidade. É claro que a LNB/NBB está no caminho certo, mas é preciso dar um salto de qualidade na próxima edição. Em termos estruturais, técnicos, de gestão (no mínimo quatro clubes estão perto da falência, um sinal de que o campeonato não é rentável ainda) e de visualização de cenários de um esporte que, insisto de novo, é o segundo mais popular do mundo. Deixá-lo na mão de uma emissora que dá o mesmo "carinho" que às partidas de Showbol (seja lá o que este "esporte" é) é pouco inteligente, não traz sustentabilidade alguma para o negócio e não conquista/retém cliente algum. Isso tudo, reitero, para uma Liga que, ora bolas, foi criada para ser gerenciada pelos clubes - e só pelos clubes. Chegou a hora de mudar isso, não chegou?
Isso tudo para dizer que aqui no Brasil deve ser feito o mesmo. Tanto LBF (mais do que nunca) quanto LNB devem conversar para encontrar soluções para seus problemas. Em relação à liga masculina, é obrigatório que se tenha em mente que televisão (seja ela qual for) é meio, e não fim. É ela que transmite os jogos, mas não é só ela que traz novos clientes para a modalidade. Ficar restrito à TV (e já cansei de dizer isso aqui) é dar um tiro no próprio pé e fecha demais os olhos para um público que se cresce, só cresce por aqui na internet. Para ser pragmático: por mais que a Liga tente lançar foguete, o Jogo das Estrelas deu pequena audiência (seis pontos é muito pouco) e os índices dos playoffs do NBB3 não mudaram tanto em relação ao dos dez últimos anos de Nacional na TV fechada.
É óbvio que o torneio é mais organizado e tem uma continuidade. É claro que a LNB/NBB está no caminho certo, mas é preciso dar um salto de qualidade na próxima edição. Em termos estruturais, técnicos, de gestão (no mínimo quatro clubes estão perto da falência, um sinal de que o campeonato não é rentável ainda) e de visualização de cenários de um esporte que, insisto de novo, é o segundo mais popular do mundo. Deixá-lo na mão de uma emissora que dá o mesmo "carinho" que às partidas de Showbol (seja lá o que este "esporte" é) é pouco inteligente, não traz sustentabilidade alguma para o negócio e não conquista/retém cliente algum. Isso tudo, reitero, para uma Liga que, ora bolas, foi criada para ser gerenciada pelos clubes - e só pelos clubes. Chegou a hora de mudar isso, não chegou?
Em busca do grande jogo
Não dá pra dizer que será a disputa de um time que joga basquete contra um time que joga streetball. Seria cruel demais com o Miami, que evoluiu demais na segunda parte da temporada. Mas os números, e as partidas, mostram muito sobre quem é quem na decisão da NBA que começa nesta noite (22h, com transmissão da ESPN).
De um lado estará o jogo coletivo do Dallas Mavericks, que tem oito jogadores atuando por mais de 15 minutos, sete que anotam sete ou mais pontos e o absurdo aproveitamento de 38,8% nos três pontos. Do outro, o Miami, que concentra 73,5% de seus pontos nos playoffs em cima do excepcional trio Wade-LeBron-Bosh (aliás, que pós-temporada tem feito o ala-pivô, hein - 18,6 pontos e 8,9 rebotes). Será o confronto entre o agora em ótima fase Chris Bosh (que, leve, pode tentar fazer algo diferente do que tentaram, sem sucesso, o forte Serge Ibaka, o "cansado" Pau Gasol e o alto-porém-pouco-ágil LaMarcus Aldridge) contra Dirk Nowitzki (LeBron James já disse que quer tentar marcá-lo também), da defesa alucinante de Shawn Marion contra James, de um ótimo técnico (Rick Carlisle) contra outro (Erik Spoelstra) que ainda busca uma afirmação no cenário.
No final das contas, acho que o Miami acabará sendo o campeão no sétimo jogo (o que não quer dizer absolutamente nada, visto que costumo errar a maioria dos palpites), e, insisto, não será uma derrota do basquete. Será/seria a vitória de um estilo de basquete - e vocês já perceberam por aqui, no Twitter ou nas Twitcams que não é o que mais me agrada, obviamente. Vamos ver o que acontece hoje quando a bola subir. Algum palpite? Comente na caixinha!
De um lado estará o jogo coletivo do Dallas Mavericks, que tem oito jogadores atuando por mais de 15 minutos, sete que anotam sete ou mais pontos e o absurdo aproveitamento de 38,8% nos três pontos. Do outro, o Miami, que concentra 73,5% de seus pontos nos playoffs em cima do excepcional trio Wade-LeBron-Bosh (aliás, que pós-temporada tem feito o ala-pivô, hein - 18,6 pontos e 8,9 rebotes). Será o confronto entre o agora em ótima fase Chris Bosh (que, leve, pode tentar fazer algo diferente do que tentaram, sem sucesso, o forte Serge Ibaka, o "cansado" Pau Gasol e o alto-porém-pouco-ágil LaMarcus Aldridge) contra Dirk Nowitzki (LeBron James já disse que quer tentar marcá-lo também), da defesa alucinante de Shawn Marion contra James, de um ótimo técnico (Rick Carlisle) contra outro (Erik Spoelstra) que ainda busca uma afirmação no cenário.
No final das contas, acho que o Miami acabará sendo o campeão no sétimo jogo (o que não quer dizer absolutamente nada, visto que costumo errar a maioria dos palpites), e, insisto, não será uma derrota do basquete. Será/seria a vitória de um estilo de basquete - e vocês já perceberam por aqui, no Twitter ou nas Twitcams que não é o que mais me agrada, obviamente. Vamos ver o que acontece hoje quando a bola subir. Algum palpite? Comente na caixinha!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Alto-falante
"Olhando para trás, eu acho que deveríamos ter falado com o Kobe Bryant antes de ter contratado o Mike Brown. O Kobe disse que era uma decisão da diretoria, e foi isso o que fizemos, mas acho que deveríamos ter falado com ele antes"
A declaração é de Jim Buss, um dos diretores dos Lakers e filho de Jerry Buss, dono da franquia. Em entrevista ao Los Angeles Times, Jim confirma que deveria ter trocado uma ideia com Kobe Bryant antes de anunciar, de maneira surpreendente, Mike Brown como novo técnico do time. Estranho, não?
O dia em que tudo começou
No dia 13 de junho de 2006, o Dallas Mavericks, que vencia o Miami Heat por 2-0 na final da NBA, estava a quatro minutos e meio de abrir 3-0 e se aproximar ainda mais do inédito título da liga. O time controlava a vantagem que chegara a 14 pontos, via os Heat cada vez mais nervosos e errando tudo de fora (2-11), e mantinha a tranquilidade.
Não se sabe bem como, mas o Miami ressurgiu, e o Dallas viu Dwyane Wade anotar surreais 14 pontos em três minutos em uma sequência de 18-1 para garantir uma das viradas mais incríveis da história da pós-temporada. Os Heat fizeram 98-96, diminuíram a vantagem dos Mavs naquela noite para 1-2 e depois venceram três jogos seguidos para conquistar o anel da NBA. Seria o quarto de Shaquille O'Neal, o quinto de Pat Riley, o primeiro de Wade e o começo de um inferno astral daqueles para Dirk Nowitzki.
Inferno astral que parece ter durado exatos cinco anos, tempo em que o alemão, pasme, viu os Mavericks vencerem apenas uma série de playoff até a pós-temporada deste campeonato (foi contra os Spurs, em 2008, por 4-1). Dirk mudou (seu jogo, que era muito baseado nas bolas de três, agora ganhou uma série de movimentos próximos da cesta, outros de costas para ela e praticamente retirou os chutes longos), Dallas e Miami mudaram (apenas Jason Terry, ele, Dirk, Dampier, que estava nos Mavs e agora é dos Heat, Haslem e Dwyane Wade jogaram a decisão de 2006), e a chance de ao alemão colocar de vez o seu nome na história começa nesta terça-feira, na Flórida, com o jogo 1 da finalíssima da NBA, está aí. Será que dessa vez o anel vem?
Não se sabe bem como, mas o Miami ressurgiu, e o Dallas viu Dwyane Wade anotar surreais 14 pontos em três minutos em uma sequência de 18-1 para garantir uma das viradas mais incríveis da história da pós-temporada. Os Heat fizeram 98-96, diminuíram a vantagem dos Mavs naquela noite para 1-2 e depois venceram três jogos seguidos para conquistar o anel da NBA. Seria o quarto de Shaquille O'Neal, o quinto de Pat Riley, o primeiro de Wade e o começo de um inferno astral daqueles para Dirk Nowitzki.
Inferno astral que parece ter durado exatos cinco anos, tempo em que o alemão, pasme, viu os Mavericks vencerem apenas uma série de playoff até a pós-temporada deste campeonato (foi contra os Spurs, em 2008, por 4-1). Dirk mudou (seu jogo, que era muito baseado nas bolas de três, agora ganhou uma série de movimentos próximos da cesta, outros de costas para ela e praticamente retirou os chutes longos), Dallas e Miami mudaram (apenas Jason Terry, ele, Dirk, Dampier, que estava nos Mavs e agora é dos Heat, Haslem e Dwyane Wade jogaram a decisão de 2006), e a chance de ao alemão colocar de vez o seu nome na história começa nesta terça-feira, na Flórida, com o jogo 1 da finalíssima da NBA, está aí. Será que dessa vez o anel vem?
Um registro merecido
O nome das finais foi Guilherme Giovannoni, a torcida de Brasília ganhou destaque merecido, mas um nome passou um pouco de lado neste blog. O de José Carlos Vidal, treinador da equipe campeã do NBB3 (ele já havia conquistado o troféu com os candangos em 2007, diga-se).
Dono de um temperamento tranquilo, muita gente esperava que Vidal fosse "apenas" dar sequência ao bom trabalho de Lula Ferreira na capital federal. Mas não foi só isso. Se não fosse o bastante administrar Nezinho, Alex e Giovannoni, líderes da equipe e cujos temperamentos não são fáceis (para ser educado), o treinador ainda conseguiu fazer com que Brasília atuasse de maneira mais segura em relação à temporada passada. Na defesa, seu time sufocou Pinheiros e Franca no NBB, e aniquilou o Flamengo na Liga Sul-Americana. A tal "zona covarde", que Nezinho reclamou bizarramente em 2010 (o que deu na cabeça do armador para dizer aquilo, hein?), foi a maior arma de uma marcação muito bem treinada e pressionada.
Num universo de tanta escassez de talento, o trabalho de José Carlos Vidal merece destaque. Brasília ainda comete erros em demasia (ainda há muita precipitação, principalmente na armação), chega a abusar dos três pontos, mas a defesa aplicada principalmente nos playoffs foi a chave para a vitória no NBB3. Que Vidal continue assim, porque o basquete brasileiro precisa de alguns sopros de mudança na beira da quadra.
Dono de um temperamento tranquilo, muita gente esperava que Vidal fosse "apenas" dar sequência ao bom trabalho de Lula Ferreira na capital federal. Mas não foi só isso. Se não fosse o bastante administrar Nezinho, Alex e Giovannoni, líderes da equipe e cujos temperamentos não são fáceis (para ser educado), o treinador ainda conseguiu fazer com que Brasília atuasse de maneira mais segura em relação à temporada passada. Na defesa, seu time sufocou Pinheiros e Franca no NBB, e aniquilou o Flamengo na Liga Sul-Americana. A tal "zona covarde", que Nezinho reclamou bizarramente em 2010 (o que deu na cabeça do armador para dizer aquilo, hein?), foi a maior arma de uma marcação muito bem treinada e pressionada.
Num universo de tanta escassez de talento, o trabalho de José Carlos Vidal merece destaque. Brasília ainda comete erros em demasia (ainda há muita precipitação, principalmente na armação), chega a abusar dos três pontos, mas a defesa aplicada principalmente nos playoffs foi a chave para a vitória no NBB3. Que Vidal continue assim, porque o basquete brasileiro precisa de alguns sopros de mudança na beira da quadra.
domingo, 29 de maio de 2011
Quem será?
A LNB anuncia nesta terça-feira, em festa em São Paulo, o vencedor do prêmio de MVP da temporada do NBB3. Concorrem Guilherme Giovannoni e Alex, de Brasília, além do ala Marquinhos, do Pinheiros. Pra você, estimado leitor, quem foi o melhor jogador da competição? Comente aí na caixinha!
O amor pelo erro
Em mais um capítulo de sua convocação trágica, Ênio Vecchi convocou ontem a pivô Natália Santos, da Arkansas Tech University (da Divisão II do basquete universitário norte-americano), para o lugar da lesionada Simone Lima. Primeiro, a pergunta: a Confederação descobriu essa semana que a jogadora de Santo André estava machucada?
Depois, e nada contra Natália, que teve as médias de 17,1 pontos e 8,1 rebotes na Divisão II do universitário (e sabemos o que isso significa, não sabemos?), mas acho muito estranho que a Confederação Brasileira siga insistindo no mesmo erro de 16, 17 anos. Dalila, da West Texas A&M University, foi ao Mundial de 1994 e voltou campeã com dois minutos e dois pontos na competição (relembre a história dela aqui, em texto do sempre excelente Melchiades Filho). Anos mais tarde, em 2009, Paulo Bassul convocou Mariana Camargo, que fizera três ótimas temporadas na ORU (14 pontos, 5,3 rebotes e 5,2 assistências), da primeira divisão universitária, para testes no time - e sem sucesso. De volta ao país, Mariana não se firmou em Americana (na LBF, tímidas médias de 2,8 pontos e dez minutos por jogo) e ainda busca seu espaço em Catanduva (no Paulista, 5,6 pontos e apenas 17 minutos por jogo). Conclusão básica: jogar nos EUA não é tudo.
Agora, e ainda sem entender qual o critério de Ênio Vecchi (será que ele, Janeth ou Hortência conhecem o jogo da atleta? Alguma vez já a viram jogar? Como o nome dela chegou à CBB?), surge o nome de Natália Santos, e fico sem entender por que Fabiana Caetano, Cristiane Simões (a Kika) ou Monica, que ao menos têm histórico nas seleções de base do país, continuam sendo esquecidas pela comissão técnica.
Na boa, a cada movimento do time feminino eu espero sair uma claquete que diga que isso tudo não passa de uma grande brincadeira. Se isso for "pegadinha", já está na hora de parar. Se não for, está na hora de repensar o que estão fazendo com o basquete das moças deste país.
Depois, e nada contra Natália, que teve as médias de 17,1 pontos e 8,1 rebotes na Divisão II do universitário (e sabemos o que isso significa, não sabemos?), mas acho muito estranho que a Confederação Brasileira siga insistindo no mesmo erro de 16, 17 anos. Dalila, da West Texas A&M University, foi ao Mundial de 1994 e voltou campeã com dois minutos e dois pontos na competição (relembre a história dela aqui, em texto do sempre excelente Melchiades Filho). Anos mais tarde, em 2009, Paulo Bassul convocou Mariana Camargo, que fizera três ótimas temporadas na ORU (14 pontos, 5,3 rebotes e 5,2 assistências), da primeira divisão universitária, para testes no time - e sem sucesso. De volta ao país, Mariana não se firmou em Americana (na LBF, tímidas médias de 2,8 pontos e dez minutos por jogo) e ainda busca seu espaço em Catanduva (no Paulista, 5,6 pontos e apenas 17 minutos por jogo). Conclusão básica: jogar nos EUA não é tudo.
Agora, e ainda sem entender qual o critério de Ênio Vecchi (será que ele, Janeth ou Hortência conhecem o jogo da atleta? Alguma vez já a viram jogar? Como o nome dela chegou à CBB?), surge o nome de Natália Santos, e fico sem entender por que Fabiana Caetano, Cristiane Simões (a Kika) ou Monica, que ao menos têm histórico nas seleções de base do país, continuam sendo esquecidas pela comissão técnica.
Na boa, a cada movimento do time feminino eu espero sair uma claquete que diga que isso tudo não passa de uma grande brincadeira. Se isso for "pegadinha", já está na hora de parar. Se não for, está na hora de repensar o que estão fazendo com o basquete das moças deste país.
Alto-falante
"Não sou melhor que o Michael Jordan. Michael foi um jogador inacreditável, e eu tenho uma longa - bem longa - estrada a percorrer para ser mencionado entre os grandes de todos os tempos. E não falo só do Jordan, mas também de Kareem, Bill Russell, todos os que conquistaram títulos e marcaram o nome na história"
A declaração é de LeBron James, que mostra um pouco de sensatez diante desse comentário absolutamente alucinado de Scottie Pippen (quem diria, hein, Pippen). Na boa, essa discussão toda é um saco.
A declaração é de LeBron James, que mostra um pouco de sensatez diante desse comentário absolutamente alucinado de Scottie Pippen (quem diria, hein, Pippen). Na boa, essa discussão toda é um saco.
sábado, 28 de maio de 2011
É bom ganhar
Às 7h30 (de Brasília) deste domingo, Marcelinho Huertas tem um dos compromissos mais importantes de sua temporada de consagração na Liga ACB: ele e o Baskonia enfrentam o Barcelona na Catalunha e com 0-1 na série após perder no Palau Blaugrana por 86-71 na sexta-feira, mais do que nunca só a vitória interessa.
E não dá nem pra dizer que Huertas jogou mal na partida que abriu a série de playoff (vale lembrar que foi contra os catalães que o Baskonia conquistou o título na temporada passada, e vencendo as duas pelejas de abertura da decisão na casa do rival). O camisa 9 teve 17 pontos e seis assistências (outra atuação incrível), mas viu o Barça obter 12 rebotes ofensivos (cinco de Erazem Lorbek) e outro estupendo terceiro período com os 32-20 (marca da equipe nessa pós-temporada, diga-se de passagem).
Se quiser continuar na competição, o Baskonia precisa vencer de qualquer maneira o Barcelona nesta manhã de domingo. Voltar para Vitória com 0-2 será meio caminho andado para a eliminação.
E não dá nem pra dizer que Huertas jogou mal na partida que abriu a série de playoff (vale lembrar que foi contra os catalães que o Baskonia conquistou o título na temporada passada, e vencendo as duas pelejas de abertura da decisão na casa do rival). O camisa 9 teve 17 pontos e seis assistências (outra atuação incrível), mas viu o Barça obter 12 rebotes ofensivos (cinco de Erazem Lorbek) e outro estupendo terceiro período com os 32-20 (marca da equipe nessa pós-temporada, diga-se de passagem).
Se quiser continuar na competição, o Baskonia precisa vencer de qualquer maneira o Barcelona nesta manhã de domingo. Voltar para Vitória com 0-2 será meio caminho andado para a eliminação.
O pensamento de um campeão do mundo
A respeito da ideia que coloquei aqui sobre a seleção feminina (a de que uma renovação grande deve ser feita), recebi ontem um interessante e-mail de Miguel Ângelo da Luz, campeão mundial em 1994 e medalhista de prata em 1996 com as meninas. Fala aí, Miguel.
"Caro Fábio,
Li sua matéria sobre o basquete feminino e me fez lembrar quando assumimos a seleção em 1993. A equipe era formada por várias atletas veteranas, e tivemos a feliz ideia de fazer a renovação. Mantivemos uma base (Paula, Hortência e Ruth), convocamos jovens promessas (Alessandra, Cintia, Leila, Silvinha, Jaqueline e Claudinha, todas com menos de 20 anos) e demos espaço para algumas atletas que já estavam fazendo parte do elenco (Janeth, Helen e Adriana Santos). Foi uma decisão muito difícil de ser tomada, corremos risco, mas fomos firmes no nosso propósito. Acho que seu pensamento é correto. As pessoas têm que ter coragem e acreditar sempre no trabalho.
Miguel"
O treinador será entrevistado em breve aqui no blog, e acho que uma opinião de alguém com o seu currículo merece ser no mínimo respeitada e levada em consideração. Miguel Ângelo da Luz é um daqueles casos de profissionais do basquete que são vencedores e ao mesmo tempo estão marginalizados da modalidade inexplicavelmente.
"Caro Fábio,
Li sua matéria sobre o basquete feminino e me fez lembrar quando assumimos a seleção em 1993. A equipe era formada por várias atletas veteranas, e tivemos a feliz ideia de fazer a renovação. Mantivemos uma base (Paula, Hortência e Ruth), convocamos jovens promessas (Alessandra, Cintia, Leila, Silvinha, Jaqueline e Claudinha, todas com menos de 20 anos) e demos espaço para algumas atletas que já estavam fazendo parte do elenco (Janeth, Helen e Adriana Santos). Foi uma decisão muito difícil de ser tomada, corremos risco, mas fomos firmes no nosso propósito. Acho que seu pensamento é correto. As pessoas têm que ter coragem e acreditar sempre no trabalho.
Miguel"
O treinador será entrevistado em breve aqui no blog, e acho que uma opinião de alguém com o seu currículo merece ser no mínimo respeitada e levada em consideração. Miguel Ângelo da Luz é um daqueles casos de profissionais do basquete que são vencedores e ao mesmo tempo estão marginalizados da modalidade inexplicavelmente.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Alto-falante
"Michael Jordan é provavelmente o maior pontuador da história. Mas eu consigo ver longe para dizer que o LeBron James pode vir a ser o melhor jogador de todos os tempos. Ele é tão potente no ataque que pode não apenas pontuar, mas envolver seus companheiros ofensivamente"
A declaração é de Scottie Pippen, fiel escudeiro de Michael Jordan em tantas conquistas, elogiando o talento de LeBron James, mas lançando um fogo incrível na discussão que até agora estava apagada (se LeBron pode vir a ser melhor que Jordan). E aí, amigo leitor, concorda com ele?
Sobre 'amarelões' e cabelos brancos
Oklahoma e Chicago passarão as férias com um sentimento bem parecido: o de que faltou "cabelo branco" para chegar à final da NBA (ficou claro que faltou experiência e mais uma vez a máxima de que não se ganha do dia pra noite no basquete foi comprovada). Com o Thunder aconteceu há quase uma semana, quando desperdiçou uma vantagem de 15 pontos, permitiu a virada do Dallas e não mais conseguiu se recuperar na série. Ontem foi a vez dos Bulls, que tinham 12 pontos de frente e nos últimos três minutos apagou. O Miami, que não é bobo, foi lá, fez 18-2, venceu a partida por 83-80 e terminou o Leste com mais um 4-1 (mesmos placares contra Sixers e Boston, diga-se de passagem).
Agora, a partir de terça-feira, Dallas e Miami reeditam a final de 2006 - em condições bem diferentes, é verdade. Ambos vêm com campanhas idênticas na pós-temporada (12-3), mas com estilos diferentes: os Mavs têm um punhado de jogadores atuando coletivamente em altíssimo nível (Dirk, Kidd, Marion, Terry, Chandler, Barea e até o Peja), enquanto o Miami abusa das jogadas de um-contra-um (não é um defeito, nem uma crítica, mas apenas uma constatação) e espera que as vitórias venham através do trio Wade, Bosh e LeBron - como têm acontecido, né.
Chegamos à decisão com dois dois jogadores mais contestados ("amarelões" que nada!) da NBA, LeBron James ou Dirk Nowitzki, lutando pelo anel, e infelizmente os dois não conseguirão sair com o título. Mas a disputa que vem por aí promete ser feroz, de estilos distintos e com torcidas absolutamente enlouquecidas. Darei meu palpite depois. Por enquanto você fala na caixinha!
Agora, a partir de terça-feira, Dallas e Miami reeditam a final de 2006 - em condições bem diferentes, é verdade. Ambos vêm com campanhas idênticas na pós-temporada (12-3), mas com estilos diferentes: os Mavs têm um punhado de jogadores atuando coletivamente em altíssimo nível (Dirk, Kidd, Marion, Terry, Chandler, Barea e até o Peja), enquanto o Miami abusa das jogadas de um-contra-um (não é um defeito, nem uma crítica, mas apenas uma constatação) e espera que as vitórias venham através do trio Wade, Bosh e LeBron - como têm acontecido, né.
Chegamos à decisão com dois dois jogadores mais contestados ("amarelões" que nada!) da NBA, LeBron James ou Dirk Nowitzki, lutando pelo anel, e infelizmente os dois não conseguirão sair com o título. Mas a disputa que vem por aí promete ser feroz, de estilos distintos e com torcidas absolutamente enlouquecidas. Darei meu palpite depois. Por enquanto você fala na caixinha!
As meninas
Muita gente perguntou o que eu faria na seleção feminina, que vive uma crise técnica há uma década e parece sem rumo há algum tempo. Repito o que já disse aqui, no Twitter e nas inúmeras Twitcams do blog: eu partiria para uma renovação radical na equipe, informando ao público o que estaria acontecendo, já que os resultados no começo não seriam satisfatórios.
Convocaria um pilar experiente (Adrianinha, Franciele e Érika - não sei se há alguma ala 2/3 disponível que não a Iziane) para não deixar as jovens "soltas" demais no começo de suas carreiras e encheria as meninas de amistosos, torneios, clínicas, acompanhamento e competições internacionais. Apostaria naquelas com experiência nas divisões de base (Tássia, Damiris, Tainá etc.) e nas que se destacam por aqui (Clarissa e Nádia, por exemplo). Fiz uma lista rápida, e ficou assim:
Armadoras: Adrianinha, Ariane, Débora e Tainá
Alas: Tássia, Patricia Ribeiro, Joice (Jundiaí), Tatiane Pacheco (já convocada), Laís, Carina (Santo André), Ramona, Jacqueline Silvestre e Leila Zabani
Pivôs: Franciele, Érika, Nádia, Damiris (foto), Clarissa, Cristiane, Thaís Pinto, Mônica, Fabiana Caetano
Insisto que essa não é a saída ideal (poderia, ainda, colocar Fernanda Bibiano e Joice, de Ourinhos, mas preferi não arriscar mais), mas é o único caminho que enxergo para que o Brasil ao menos tente fazer alguma coisa razoável em termos internacionais. Do jeito que está, e com a geração que por aí figura, já está mais do que provado que resultados nos torneios principais (Olimpíadas e Mundiais - vide vexames recentes em Pequim e República Tcheca) não virão. E aí, amigos, o que acham?
Convocaria um pilar experiente (Adrianinha, Franciele e Érika - não sei se há alguma ala 2/3 disponível que não a Iziane) para não deixar as jovens "soltas" demais no começo de suas carreiras e encheria as meninas de amistosos, torneios, clínicas, acompanhamento e competições internacionais. Apostaria naquelas com experiência nas divisões de base (Tássia, Damiris, Tainá etc.) e nas que se destacam por aqui (Clarissa e Nádia, por exemplo). Fiz uma lista rápida, e ficou assim:
Armadoras: Adrianinha, Ariane, Débora e Tainá
Alas: Tássia, Patricia Ribeiro, Joice (Jundiaí), Tatiane Pacheco (já convocada), Laís, Carina (Santo André), Ramona, Jacqueline Silvestre e Leila Zabani
Pivôs: Franciele, Érika, Nádia, Damiris (foto), Clarissa, Cristiane, Thaís Pinto, Mônica, Fabiana Caetano
Insisto que essa não é a saída ideal (poderia, ainda, colocar Fernanda Bibiano e Joice, de Ourinhos, mas preferi não arriscar mais), mas é o único caminho que enxergo para que o Brasil ao menos tente fazer alguma coisa razoável em termos internacionais. Do jeito que está, e com a geração que por aí figura, já está mais do que provado que resultados nos torneios principais (Olimpíadas e Mundiais - vide vexames recentes em Pequim e República Tcheca) não virão. E aí, amigos, o que acham?
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Leitura obrigatória
Divirtam-se com as leituras de dois textos excepcionais.
-- Giro no Aro (Alfredo Lauria e Guilherme Tadeu de Paula)
-- De Chuá (Thiago Rocha)
Já cansei de falar isso aqui, e é bom ler que mais gente se indigna também.
-- Giro no Aro (Alfredo Lauria e Guilherme Tadeu de Paula)
-- De Chuá (Thiago Rocha)
Já cansei de falar isso aqui, e é bom ler que mais gente se indigna também.
Lebroniando
Ao Chicago não resta outra coisa a não ser vencer o Miami Heat na noite desta quinta-feira em Illinois. Os Bulls não jogaram mal na terça-feira, mas não conseguiram "fechar" a partida e viram a turma da Flórida abrir 3-1 na decisão do Leste.
O destaque pode ficar por conta de Chris Bosh (24 pontos por partida), que tem jogado demais contra Carlos Boozer, mas LeBron James (foto) merece muitos aplausos também. Deslocado para a armação de jogadas, o ala tem demonstrado um papel de liderança importante, mas é na defesa que ele tem brilhado fortemente. Na marcação de Derrick Rose, LeBron tem feito da vida do MVP um verdadeiro inferno. No último jogo, quando duelou contra o camisa 6 do Miami, Rose errou seus seis arremessos e ainda cometeu dois erros. Foi a senha para os Heat saírem com a vitória.
LeBron James continua uma figura pra lá de controversa (seus berros, caras e bocas irritaram o pessoal do Chicago), mas ele tem jogado muito e de forma diferente. Pode ser que continuem dizendo que seu papel é secundário no Miami de Dwyane Wade (e de fato o camisa 3 é o "dono" do time), mas que LeBron tem enchido os olhos nessa pós-temporada, isso tem.
O destaque pode ficar por conta de Chris Bosh (24 pontos por partida), que tem jogado demais contra Carlos Boozer, mas LeBron James (foto) merece muitos aplausos também. Deslocado para a armação de jogadas, o ala tem demonstrado um papel de liderança importante, mas é na defesa que ele tem brilhado fortemente. Na marcação de Derrick Rose, LeBron tem feito da vida do MVP um verdadeiro inferno. No último jogo, quando duelou contra o camisa 6 do Miami, Rose errou seus seis arremessos e ainda cometeu dois erros. Foi a senha para os Heat saírem com a vitória.
LeBron James continua uma figura pra lá de controversa (seus berros, caras e bocas irritaram o pessoal do Chicago), mas ele tem jogado muito e de forma diferente. Pode ser que continuem dizendo que seu papel é secundário no Miami de Dwyane Wade (e de fato o camisa 3 é o "dono" do time), mas que LeBron tem enchido os olhos nessa pós-temporada, isso tem.
O campeão que ninguém vê
Quase ninguém viu, mas Santo André conquistou o título paulista na noite de ontem. Fez 71-65 contra Americana (22 de Ariadna e 19 de Kátia), 3-1 na série e ficou com o primeiro regional da equipe depois de 16 anos. Mais um triunfo na conta da estupenda Laís Elena, e mais um resultado de pouco sucesso para Zanon e Americana .
Lamento, apenas, o pouco caso com que a Federação Paulista lida com o basquete do seu estado. Apesar da televisão, quase ninguém ouviu falar da competição (que durou menos de dois meses). Para piorar, o release da entidade diz que o jogo de ontem foi em Santo André (e não foi), mas a estatística informa que foi em Americana. E acho que não preciso falar da inexistente divulgação dos times paulistas no NBB3, pois inexistiu (Franca e Pinheiros, que avançaram até finais e semifinais, foram solenemente ignorados).
São Paulo faz o melhor basquete do país, isso ninguém tem dúvida ou pode contestar, possui alguns dos melhores profissionais do país, mas em termos de gestão esportiva o estado dá um show de como não se deve fazer (como os outros do país também, diga-se de passagem). Será tão difícil assim dar o xeque-mate no mandatário que parece não querer sair nunca de seu cargo?
Lamento, apenas, o pouco caso com que a Federação Paulista lida com o basquete do seu estado. Apesar da televisão, quase ninguém ouviu falar da competição (que durou menos de dois meses). Para piorar, o release da entidade diz que o jogo de ontem foi em Santo André (e não foi), mas a estatística informa que foi em Americana. E acho que não preciso falar da inexistente divulgação dos times paulistas no NBB3, pois inexistiu (Franca e Pinheiros, que avançaram até finais e semifinais, foram solenemente ignorados).
São Paulo faz o melhor basquete do país, isso ninguém tem dúvida ou pode contestar, possui alguns dos melhores profissionais do país, mas em termos de gestão esportiva o estado dá um show de como não se deve fazer (como os outros do país também, diga-se de passagem). Será tão difícil assim dar o xeque-mate no mandatário que parece não querer sair nunca de seu cargo?
A chance perdida
Talvez tenha ficado excessivamente revoltado com a convocação de Ênio Vecchi para a seleção feminina pela chance que ele e a Confederação perderam para mudar um pouco o panorama do basquete feminino no país. Não o panorama técnico (seria ridículo pensar nisso), mas o da forma de dar chance para as jovens que surgem por aqui.
O cenário que vemos no basquete brasileiro é o de técnicos que ficam reféns de suas veteranas para, em ganhando campeonatos, se manterem no cargo (infelizmente a banda toca assim). O melhor exemplo disso é Zanon (foto), que ontem perdeu o título paulista (já havia perdido a LBF, o último Nacional, os Jogos Abertos etc.) com um time formado por 487 jogadoras rodadas e três juvenis que não pisam na quadra por mais de cinco, dez minutos. E isso, insisto, em um clube que possui provavelmente o melhor projeto de formação de atletas no feminino do país. Fica, de novo, a pergunta: qual o objetivo de formá-las, se elas não têm chance no adulto? E o pior é que os resultados (títulos) nem justificam tal atitude.
Por isso a tristeza com a lista de Ênio Vecchi. Nada contra o treinador, a quem respeito, e muito menos contra a CBB, que tem a sua maneira de pensar, mas eu só acho que eles dariam um passo diferente na dança que se baila no basquete feminino brasileiro. E um passo que no final das contas seria benéfico em primeiro lugar para a própria Confederação, que veria mais meninas surgindo e sendo aproveitadas do que o que atualmente ocorre. Não foi desta vez, porém. É uma pena.
O cenário que vemos no basquete brasileiro é o de técnicos que ficam reféns de suas veteranas para, em ganhando campeonatos, se manterem no cargo (infelizmente a banda toca assim). O melhor exemplo disso é Zanon (foto), que ontem perdeu o título paulista (já havia perdido a LBF, o último Nacional, os Jogos Abertos etc.) com um time formado por 487 jogadoras rodadas e três juvenis que não pisam na quadra por mais de cinco, dez minutos. E isso, insisto, em um clube que possui provavelmente o melhor projeto de formação de atletas no feminino do país. Fica, de novo, a pergunta: qual o objetivo de formá-las, se elas não têm chance no adulto? E o pior é que os resultados (títulos) nem justificam tal atitude.
Por isso a tristeza com a lista de Ênio Vecchi. Nada contra o treinador, a quem respeito, e muito menos contra a CBB, que tem a sua maneira de pensar, mas eu só acho que eles dariam um passo diferente na dança que se baila no basquete feminino brasileiro. E um passo que no final das contas seria benéfico em primeiro lugar para a própria Confederação, que veria mais meninas surgindo e sendo aproveitadas do que o que atualmente ocorre. Não foi desta vez, porém. É uma pena.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Mike Brown no Lakers
Ex-Cleveland, Mike Brown (foto) acaba de ser anunciado pela ESPN como novo técnico do Los Angeles Lakers (4 anos, US$ 18,2 milhões). E aí, amigo leitor, gostou dessa aquisição dos angelinos?
Imagens da decisão
O fotógrafo Gustavo Lima esteve ontem no Nilson Nelson e enviou fotos interessantes do jogo de ontem ao Bala na Cesta. Veja que legal!
Dia do alemão
Poderia citar os números de Dirk Nowitzki (33,8 pontos contra o Oklahoma e 28,6 na pós-temporada - na fase regular, a média foi de 23), mas seria pouco. O que o alemão tem feito nestes playoffs é inacreditável, sublime, e hoje pode ter um fecho de ouro.
Se vencer o Oklahoma na noite desta quarta-feira (será que os Thunder conseguem se recuperar da queda de segunda-feira, quando venciam por 15 pontos e levaram a virada?), Nowitzki levará o seu Dallas às finais pela segunda vez na história da franquia (pode repetir o duelo tão sofrido de 2006 contra o Miami Heat), e com um retrospecto surreal nas últimas partidas (dez vitórias nas últimas 11 e cinco triunfos consecutivos fora de casa). Isso, claro, sem falar no basquete de altíssimo nível que tem sido jogado pelos Mavs.
Mas o momento é de falar do Nowitzki, né. Então estendo o debate que comecei no Twitter ontem: Dirk Nowitzki já é o maior estrangeiro a ter jogado na NBA? Comente na caixinha!
Se vencer o Oklahoma na noite desta quarta-feira (será que os Thunder conseguem se recuperar da queda de segunda-feira, quando venciam por 15 pontos e levaram a virada?), Nowitzki levará o seu Dallas às finais pela segunda vez na história da franquia (pode repetir o duelo tão sofrido de 2006 contra o Miami Heat), e com um retrospecto surreal nas últimas partidas (dez vitórias nas últimas 11 e cinco triunfos consecutivos fora de casa). Isso, claro, sem falar no basquete de altíssimo nível que tem sido jogado pelos Mavs.
Mas o momento é de falar do Nowitzki, né. Então estendo o debate que comecei no Twitter ontem: Dirk Nowitzki já é o maior estrangeiro a ter jogado na NBA? Comente na caixinha!
Brasília campeão!
Não é preciso ter visto todas as partidas das finais do NBB para saber que Brasília, que ontem fez 77-68 e fechou a decisão em 3-1, dominou tudo contra Franca. Como bem disse o Rodrigo Alves, do Rebote, até mesmo quando perdeu, esteve melhor. Título mais justo, impossível (e vale lembrar o magistral ano do time também teve o troféu da Liga Sul-Americana, contra o Flamengo, no Rio de Janeiro).
E é a vitória de um trio que domina o basquete nacional há quase uma década (Nezinho, Alex e Arthur), de um jogador bem acima da média para os padrões brazucas (Giovannoni, o MVP das finais), de um técnico subestimado mas absolutamente competente (José Carlos Vidal, que colocou uma defesa por zona que gerou terríveis problemas para os francanos) e de uma cidade que vê o time local dominando a modalidade há cinco anos (dois vices, três campeonatos nacionais conquistados). É ou não uma dinastia?
Felicitações a Franca, que chegou pela primeira vez a uma decisão de NBB e que volta ao primeiro plano do basquete brasileiro, mas o título está em ótimas mãos. Brasília tem um ótimo projeto de basquete adulto (curiosamente, dos quatro semifinalistas, os candangos foram os únicos que não possuem forte trabalho na base) e fez por merecer ficar com o caneco do NBB3. Parabéns.
E é a vitória de um trio que domina o basquete nacional há quase uma década (Nezinho, Alex e Arthur), de um jogador bem acima da média para os padrões brazucas (Giovannoni, o MVP das finais), de um técnico subestimado mas absolutamente competente (José Carlos Vidal, que colocou uma defesa por zona que gerou terríveis problemas para os francanos) e de uma cidade que vê o time local dominando a modalidade há cinco anos (dois vices, três campeonatos nacionais conquistados). É ou não uma dinastia?
Felicitações a Franca, que chegou pela primeira vez a uma decisão de NBB e que volta ao primeiro plano do basquete brasileiro, mas o título está em ótimas mãos. Brasília tem um ótimo projeto de basquete adulto (curiosamente, dos quatro semifinalistas, os candangos foram os únicos que não possuem forte trabalho na base) e fez por merecer ficar com o caneco do NBB3. Parabéns.
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