sábado, 31 de julho de 2010

Brasil campeão

Com 30 pontos e 10 rebotes de Murilo, a seleção brasileira venceu a Argentina por 87-77 para se sagrar campeã, de forma invicta, do Sul-Americano de Neiva, na Colômbia. Duda, com 15 pontos, e João Paulo Batista (13), também foram muito bem.

Parabéns ao time e à comissão técnica comandada por João Marcelo Leite. Pode não representar muita coisa em termos de primeiro escalão do basquete, mas para quem, até pouco tempo atrás perdia Sul-Americanos em profusão, a conquista é bem legal, de verdade. Carlos Nunes e sua gestão conseguem, em quadra, mais um resultado excelente.

Seleção feminina vence

A seleção feminina venceu a Rússia por seis pontos no Grand Prix da Eslováquia. O placar final foi de 75-58.

O basquete em Brasília

Fiquei chocado quando li a manchete no site do Estadão: "Lula põe diretor de basquete em agência". O diretor em questão é Jorge Bastos, do time de Brasília (cujo proprietário é Wellington Salgado). Aqui está o link completo da matéria, e eu sinceramente nem tenho o que dizer após ler a declaração do novo membro da diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT): "Tenho experiência como usuário", admitiu ele.

"Sensacional", não?

A tesoura do Coach K

Mike Krzyzewski diminuiu seu grupo de jogadores para 15 após cortar Tyreke Evans, Gerald Wallace, O.J. Mayo e JaVale McGee. Agora restam três dispensas para Coach K, mas o técnico prefere treinar com mais de 12 até quando for possível.

Abaixo a relação dos atletas que ainda estão treinando com a seleção dos EUA: Chauncey Billups, Rajon Rondo, Derrick Rose, Russell Westbrook, Stephen Curry, Eric Gordon, Kevin Durant, Andre Iguodala, Rudy Gay, Danny Granger, Lamar Odom, Kevin Love, Jeff Green, Tyson Chandler e Brook Lopez.

E você, da lista dos 15, quem tiraria para o Mundial da Turquia? Bom, eu não levaria Chauncey Billups, Eric Gordon e Kevin Love (mas estou zero seguro do que acabo de escrever). A caixinha está aberta!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Brasil vence e está na final

Não vi o jogo, mas o Brasil venceu a Venezuela por 79-67 e se classificou para enfrentar a Argentina no Sul-Americano de Neiva, na Colômbia. Além disso, obteve a vaga no Pan-Americano de 2011, tirando, assim, qualquer chance de dúvida sobre uma possível ausência na competição.

Murilo novamente foi o melhor em quadra, com 25 pontos e sete rebotes. Sua vaga no Mundial é praticamente certa, creio eu.
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Seleção feminina perde da Sérvia

A seleção feminina acaba de perder da Sérvia por 82-78, na estreia do Grand Prix que está sendo disputado na Eslováquia. A competição serve de preparação para o Mundial de setembro. Mais detalhes em breve.

Alto-falante

"Gostaria de ter jogado contra o Michael Jordan em seus bons tempos. Queria saber o que ele faria contra mim na quadra. Mas com certeza ele daria um chute no meu traseiro"

A frase é do maluco-beleza Ron Artest, em sua auto-entrevista à Revista ESPN americana. Você pode dar uma olhadinha aqui e rir um pouco (Artest diz, por exemplo, que seu filme favorito é Titanico). É um "papo" hilário.

Pelo Pan

A seleção brasileira joga hoje contra a Venezuela (23h, e o blog acompanha) por vaga no Sul-Americano de Neiva, na Colômbia. Mas não só por isso. Após carimbar o passaporte para o Pré-Olímpico da Argentina, o time de João Marcelo Leite ainda precisa de uma vitória para se qualificar para o Pan-Americano de 2011.

O time confia em Murilo (foto), provavelmente o grande favorito para ocupar uma das três vagas de Rubén Magnano para o Mundial da Turquia. É bom, então, a seleção não bobear e cravar a sua classificação logo hoje mesmo. Uma disputa de terceiro lugar para obter a vaga no Pan-Americano seria emoção em demasia. E desnecessária...

Pena dos pequenos

No site da CBB, leio que a entidade lançará o brasileiro sub-19 de seleções. É, sem dúvida, uma ótima ideia - mais uma da gestão de Carlos Nunes na divisão de base diga-se de passagem.

A atitude (de novo) merece aplausos, mas uma coisa me intrigou: de acordo com a entidade, o tal ranqueamento colocará as sete equipes da Região Sul-Sudeste e apenas os campeões das demais regiões (Centro-Oeste, Norte e Nordeste) na primeira divisão em 2011.

Acho, até, que a CBB está certa em colocar os Estados que mais investem na modalidade direto na primeira divisão em 2011, mas ela deve estar preparada para, ao mesmo tempo e com muita força, fomentar o crescimento da modalidade nas demais regiões já em 2010 - fato que ainda não foi apresentado e que, obviamente, tem um custo imenso e merece um plano estratégico cuidadoso.

Do contrário, teremos a velha lógica selvagem: os grande serão sempre grandes, e os pequenos serão sempre pequenos. E isso está mais do que comprovado que não é uma boa, certo? Esporte bom é esporte que é praticado em todo o país (ou em grande parte dele). Que o basquete siga esta linha.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Minha história com Waldir Boccardo

Era o Nacional de 2002 ou 2003. Fui à Gávea para ver uma partida do Flamengo num domingo pela manhã (ou era sábado?). Cheguei, sentei e a partida começou. Atrás de mim, ouvia uma voz meio rouca gritar o tempo inteiro: "Nossa, o armador prende demais a bola", "Tanto drible para quê, meu Deus?", "Quanta falta de organização", e coisas afins.

Intrigado, olhei para trás e vi que se tratava de Waldir Boccardo (na foto, ao lado de Ary Vidal). Meio acanhado, troquei algumas palavras com ele e perguntei: "Mas, Waldir, o senhor já reparou que aqui ninguém o conhece? Não é muito estranho isso?".

A resposta do Waldir foi: "Mal sabem eles que nessa quadra aí a gente (meus companheiros e eu) ganhou tudo. Azar o deles". Fica a lição.

Subindo

A seleção feminina fez ontem o seu primeiro amistoso visando o Mundial da República Checa. Venceu a Hungria por 75-64 com 19 pontos de Helen (foto), 11 de Alessandra e 10 de Adrianinha (olha as veteranas aí!) e agora se prepara para o Grand Prix que acontece na Eslováquia no final de semana. A menina Damiris, aliás, atuou e somou quatro pontos (não encontrei as estatísticas completas - se alguém conseguir seria ótimo).

Lá, o time de Colinas medirá forças com as donas da casa, com a sérvia e russas, e, aí sim, conclusões mais sedimentadas poderão ser tiradas sobre a seleção. Como bem lembrou o Bert, a Hungria não é tão baba assim (perdeu da Austrália recentemente por apenas seis pontos, mas os testes contra equipes européias mais qualificadas (Rússia principalmente) serão valiosos.

Que o time continue evoluindo, porque o Mundial começa em menos de dois meses. Sorte para elas.

Descaso

Confesso que fiquei chocado quando, ontem, li no Rebote que apenas dez técnicos brasileiros compareceram aos treinos de Rubén Magnano no Rio de Janeiro nesta segunda e terça-feira (durante dois dias, o argentino liberou a entrada dos treinadores brazucas). Destes dez, nenhum do NBB (a maioria foi da base, o que não deixa de ser um bom sinal, diga-se de passagem).

Concordo com o Rodrigo quando ele diz que LNB e da Escola de Técnicos poderiam ter se mobilizado para trazer seus filiados, e também acho que dois dias de treinamentos podem representar pouco, mas é absolutamente incrível que apenas DEZ treinadores tenham comparecido aos treinamentos de um campeão olímpico.

É ao mesmo tempo sintomático notar que as duas seleções adultas possuem técnicos estrangeiros, e a ótima sub-18 masculina, um que atua fora há quase dez anos (Walter Roese). A não ida dos brasileiros mostra bem como (não) pensa grande parte dos técnicos, e quão grande (ou pequena) é a vontade deles em aprender e evoluir. É lamentável!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A vitória e a dúvida

Foi menos fácil do que se esperava, mas o Brasil venceu o Paraguai por 93-81 e fechou a fase de classificação do Sul-Americano da Colômbia com três vitórias e nenhuma derrota. Mais uma vez o pivô Murilo, com 20 pontos e nove rebotes, foi o destaque do time brasileiro, que esteve muito bem dos três pontos (14/32). O time de João Marcelo Leite aguarda, agora, a definição do outro grupo B para conhecer o seu adversário na semifinal.

A dúvida que mencionei no título é a seguinte: ao menos pelos números (não vi o jogo), os três armadores utilizados (Nezinho, com cinco pontos e oito assistências; Fulvio, com 15 pontos, quatro assistências e cinco rebotes; e Duda, com 14 pontos) foram muito bem, deixando a definição do reserva de Marcelinho Huertas ainda mais difícil para Rubén Magnano.

E você, amigo leitor, já decidiu que armador levaria para a reserva de Huertas no Mundial da Turquia?

Promoção - Livro Waldir Boccardo

Em parceria com a Bolar, o Bala na Cesta sorteia dez livros do campeão mundial Waldir Boccardo. Chamada de "Os dez mandamentos do basquete moderno", a publicação fala de táticas, de exercícios técnicos e muito mais. É absolutamente imperdível.

Quem quiser participar da promoção é só enviar um email para fabio.balassiano@gmail.com até sexta-feira com dados completos (nome, endereço, cep...). Boa sorte a todos e amanhã eu conto uma história sensacional do Waldir.

O valor do planejamento

"Nossa renovação acontece dois anos antes da troca efetiva dos atletas. Quando um vai se aposentar, o outro já está pronto para assumir a posição. Quando os jovens chegam, já estão mesclados com os mais experientes. E passamos para eles, como mantra até, a tradição das conquistas. Essa mentalidade de quem quer ganhar vai se propagando", Dante (foto à direita).

"A vontade de vencer é a mesma de sempre, independente do torneio e dos jogadores que formam a equipe. Vamos perder e ganhar, mas o importante é que começamos com pé direito este novo ciclo", Rodrigão.

"Acho que a convivência entre as seleções adulta e as de base faz a diferença. Não sei quantas seleções do mundo têm um Centro de Treinamento como o nosso, em que os juvenis treinam com os adultos", Murilo (foto à esquerda).

As frases são dos atletas da seleção masculina de vôlei, que no final de semana conquistou a nona Liga Mundial para o país. Acho que elas sintetizam muito bem como é o planejamento da modalidade mais vencedora do Brasil. Não seria mal algum se o basquete aprendesse um pouquinho.

Sensatez

Enfim um pouco de sensatez por parte da LNB. De acordo com o site da Liga, "dos 18 clubes que se inscreveram para a disputa do NBB3, 14 já estão confirmadas oficialmente para a próxima temporada". Saldanha da Gama, Rio Claro e Nova Iguaçu "não apresentaram dados suficientes (...) e precisarão apresentar, num prazo de dez dias, um melhor esclarecimento do planejamento para a temporada". Além destes, Londrina também está fora (leia o release completo).

Acho uma ótima medida, sinceramente. Coibir a entrada de clubes que não honrarão seus compromissos (caso de Londrina na última temporada), ou mudarão pouco o panorama técnico do torneio (caso de Nova Iguaçu nos Nacionais recentes) é um bom começo para que o NBB se consolide como um torneio sério e com clubes interessados não somente em melhorar o nível da competição, mas também em fazer com que o basquete cresça no país.

Agora só falta a LNB rever o regulamento. Com 14 clubes, o campeonato tende a ser mais equilibrado e com uma tabela mais palatável.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Brasil joga melhor e vence o Uruguai

O Brasil jogou melhor, venceu o Uruguai por fáceis 89-63 e se classificou para as semifinais do Sul-Americano de Neiva, na Colômbia. De quebra, o time de João Marcelo Leite garantiu vaga no Pré-Olímpico de 2011. Como o site da FIBA Americas está fora do ar, fico sem as estatísticas.

Agora, o objetivo é se classificar à final e, assim, garantir vaga também no Pan-Americano de Guadalajara.

Alto-falante

"A minha cabeça mudou nesse tempo. Aprendi a ter mais responsabilidade e paciência para que as coisas se encaixem no tempo certo. Trabalhei com um treinador (Fabrizio Frates) que me ensinou a ser mais paciente. Ele me ensinou também que faltava mais defesa ao meu jogo e o basquete europeu pede muito isso. Aqui, Magnano tem pedido o mesmo para os jogadores"

A frase é de Marquinhos, ao Globoesporte.com. O ala parece estar mais maduro, e isso é excelente para o time de Rubén Magnano.

Vai, T-Mac!

Tracy McGrady vestirá uma nova camisa na próxima temporada. Caso passe pelos exames médicos e prove que seu joelho está em boas condições, o craque, que parece ter aceitado ser reserva, assinará contrato nesta terça-feira mesmo com o Chicago Bulls, time que já contratou Carlos Boozer, Kyle Korver, Ronnie Brewer, C.J. Watson e Kurt Thomas.

Na boa: melhor notícia não poderia existir para T-Mac, principalmente porque o único time que demonstrou interesse em seus serviços foi o Los Angeles Clippers. Para quem já havia sido dado como acabado para o basquete, o ala terá uma oportunidade de ouro para recomeçar, desenvolver seu jogo aos poucos e, claro, passar da primeira rodada dos playoffs.

Para quem gosta do bom basquete, melhor notícia não poderia existir. Tracy McGrady dividirá a quadra com Derrick Rose e Carlos Boozer na próxima temporada.

Boa novidade

Leio no site da CBB que enfim sairá a Copa Brasil em 2010. De acordo com a entidade, a competição contará com oito equipes (três do Sudeste, duas do Sul e uma de Norte, Nordeste e Centro-Oeste), tem previsão de duração de seis meses (outubro de 2010 até abril de 2011) e dá ao vencedor e ao vice-campeão a possibilidade de participar do NBB4 caso as equipes preencham os critérios da Liga Nacional de Basquete (LNB).

A novidade é muito boa, principalmente porque se temia que, com o inchaço do NBB, houvesse um hiato muito grande entre a liga e a Confederação. Com a criação da Copa Brasil, este pode ser o primeiro passo para a criação de uma segunda divisão também forte e organizada, como é o campeonato da LNB.

Que CBB e LNB sigam falando a mesma língua, porque o basquete brasileiro só tem a ganhar. E que as duas entidades não parem por aí. Insisto: uma segunda divisão forte seria fundamental para a criação de novos pólos da modalidade no país, a revelação de novos talentos (e o aproveitamento daqueles que pouco atuam na categoria adulta também) e a massificação do basquete no país.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Feio, mas vale

Não vi o jogo, mas pelo leio na caixinha e vejo nos números, foi feia demais a vitória do Brasil sobre o Chile (69-54) na estreia do Sul-Americano de Neiva, na Colômbia. Houve amigos que perguntaram que esporte se jogava em quadra, para se ter noção do nível apresentado pelo time de João Marcelo Leite.

Murilo, com 20 pontos e 11 rebotes, foi o cestinha e maior reboteiro, e Tavernari (10 pontos) foi o outro que chegou aos dígitos duplos.

Mas vale ficar atento. Contra uma "potência" (o Chile), foram 5/22 dos três pontos, 12 erros, uma defesa de perímetro sofrível (9/21 dos adversários) e uma derrota por 12-8 no segundo período.

Da Prancheta

11 - É o número de vitórias consecutivas do Seattle Storm na WNBA. A última veio neste domingo, contra o Tulsa, em casa (75-59). O Seattle ainda está invicto em casa (11 triunfos), possui a melhor campanha da liga (20-2) e conta com as excelentes Lauren Jackson (21,8 pontos e 9,2 rebotes), Swin Cash (15 pontos e 6,9 rebotes e Sue Bird (11,8 pontos e 5,5 assistências) para tentar conquistar o título nesta temporada.

A administradora da seleção feminina

Pelo baixo número de informações, o site da CBB não anda lá muito animado com a seleção feminina que ontem viajou para a Eslováquia. Mas o último release é bem esclarecedor.

Lá ficamos sabendo que a seleção feminina possui um assistente de tecnologia (Isaac Fernandez). De acordo com a CBB, Isaac é o responsável pelas estatísticas, pela filmagem e análise dos adversários. Nada mais antagônico, portanto, do que o perfil apresentado pela administradora Andréia Cavalcanti Lopes (foto).

Quase anônima, precisei dar uma googliada para descobrir de quem se tratava. A reportagem do Correio de Uberlândia de 6/2/2009 já fala tudo no título: "Torcedora vira administradora". Quer mais? Então vamos lá: "Sem curso superior em educação física, que era o que almejava depois de ter concluído o ensino médio, Andréia Lopes afirmou que ser mãe foi a melhor faculdade que poderia ter cursado e é o que fazia em casa na educação dos filhos que aplica na administração dos times".

Deixa eu ver se eu entendi: em plena era do profissionalismo, a CBB escolhe uma amadora, cujo apelido é "Mãe do Basquete", para administrar a sua seleção adulta? Na mesma matéria há uma explicação esclarecedora: "Eu sou muito rígida, controlo os horários de alimentação, banho, horário de dormir, arrumo os alojamentos, as viagens o transporte para essas viagens, e durmo com eles nos alojamentos".

Estamos muito bem, não? Quanto amadorismo...

Com ou sem mico?

A seleção brasileira começa hoje, contra o Chile (19h, sem transmissão de TV - a caixinha ficará aberta perto do horário do jogo para comentários), a sua caminhada no Sul-Americano de Neiva, na Colômbia. A competição garante quatro vagas para o Pré-Olímpico de 2011, e três para o Pan-Americano do mesmo ano.

O time de João Marcelo Leite - o técnico não irá ao Mundial como assistente de Rubén Magnano, e comenta-se que o treinador brasileiro não ficou lá muito satisfeito com isso - tem dois caminhos no Sul-Americano: fazer uma primeira fase tranquila, vencendo os inexpressivos Chile, Paraguai e Uruguai, para, depois, vencer um dos dois jogos contra, provavelmente, Argentina ou Venezuela, ou perder de uma destas babas e ficar de fora das competições de 2011. Para evitar surpresas, Vanderlei, diretor de seleções da Confederação, pegou o primeiro avião para ver de perto o time de João Marcelo.

Pelos amistosos (derrotas para Argentina e Venezuela), dá para esperar muita emoção a partir de hoje. Mas é bom não bobear. O projeto de Rubén Magnano e da CBB passam, obviamente, pela disputa das duas competições na próxima temporada.

domingo, 25 de julho de 2010

Foto do leitor - Nathan

O menino Nathan, de Rio Claro (SP), é fanático por basquete, tem 11 anos e joga na equipe pré-mini da Prefeitura da cidade. Na foto, o garoto aparece ao lado do ídolo Wlamir Marques.

Tem uma foto legal e quer publicar no Bala na Cesta? Então é só enviar para fabio.balassiano@gmail.com .

Varejão Social Clube

O ala Anderson Varejão participou, neste sábado, do NBA Cares na quadra da Mangueira (na Zona Norte do Rio de Janeiro). O evento, que faz parte do braço social da liga americana, contou com a presença de cerca de 80 animadas crianças. Jordan Burger e Raulzinho compareceram para alegrar ainda mais a ocasião, mas eu estranhei que Leandrinho e Nenê, os outros atletas da NBA, não tenham ido.

Nas mãos de Kevin Durant

Não vale a pena listar aqui a imensa lista de desfalques americanos para o Mundial da Turquia (não há sequer um dos campeões olímpicos de 2008), mas a escalação dos EUA para o torneio que se avizinha assusta. Nomes como JaVale McGee (Wizards), Kevin Love (Wolves) e Eric Gordon (Clippers) não são ruins, mas tampouco metem medo.

Por isso a esperança de que a campanha norte-americana não se transforme em fiasco na Turquia tem nome e sobrenome: Kevin Durant (foto). Cestinha do coletivo de ontem com 28 pontos (10/17 nos tiros), Durant precisa repetir as excelentes atuações da última temporada para tentar fazer com que os EUA conquistem um título que não vem desde 1994.

Na segunda-feira, Mike Krzyzewski corta quatro ou cinco cortes no grupo que hoje possui 19 atletas. Kevin Durant não estará entre os nomes, mas fica a dúvida: será que o craque do Oklahoma consegue levar a sua seleção ao ouro? A caixinha está aberta para o debate!

sábado, 24 de julho de 2010

Bate-bola com Jordan Burger

Jordan (se fala Jordân) Burger tem um estilo bem diferente de Lucas Bebê. Menos expansivo, mais introspectivo, sério e reflexivo, o ala de 19 anos e 2,03m vive um momento especial em sua carreira. Sem clube na Espanha e ao mesmo tempo ao lado das maiores das maiores estrelas do país, ele conversou com o Bala na Cesta.

BALA NA CESTA: Como foi esta primeira semana? O ritmo é bem diferente do das seleções de base, não?
JORDAN BURGER: Sim, é bem mais puxado, difícil mesmo. Mas aos poucos estou me encaixando ao grupo, me soltando. O Nenê vive falando para eu arriscar mais, tentar as jogadas, e isso é muito legal. Sei que faço parte de um projeto da Confederação para 2016, e agradeço muito pela confiança. Estar aqui é uma honra, um prazer, mas quero permanecer no grupo para o Mundial. Seria um prêmio ao meu esforço.

--E o Magnano, que você já conhecia de Sevilla, alguma surpresa com o estilo dele?
--Surpresa, não. Já havia treinado um pouco com ele na Espanha, e o nível de trabalho e de exigência dele são muito altos. Isso é excelente, e só faz o time crescer. Estão todos muito focados.

--E o seu futuro, agora que você ficou sem contrato com o Sevilla, como fica?
-- Cara, procuro não pensar muito nisso. Estou tranquilo, relaxado, e não vejo isso como um ponto negativo. Aconteceu, o time passou por dificuldades financeira, e agora é pensar no futuro.

Bate-bola com Lucas Bebê

Não dá para dizer que Lucas Bebê, um menino que completa 18 anos na próxima segunda-feira, está nervoso. Ao lado de Leandrinho, Nenê e Varejão, ele brinca, sorri, parece um veterano na seleção. Mas, sim, Lucas ficou nervoso ao treinar com os atletas do time adulto pela primeira vez nesta sexta-feira. No final do treino de Rubén Magnano ele conversou com o Bala na Cesta.

BALA NA CESTA: Como foi o primeiro dia? Ficou muito nervoso?
LUCAS BEBÊ: Cara, no começo estava ansioso, nervosão mesmo. Mas aos poucos fui me soltando, os caras são maneiros, ajudam bastante. Este primeiro dia foi sensacional, gostei muito.

-- O que você conseguiu aprender com o Magnano em dois treinos?
-- Hoje ele me ensinou um pouco sobre bloqueios defensivos, e como sair deles com mais facilidade. É uma lição que vou levar para sempre. O nível aqui é outro, é internacional, e tudo o que eu ouvi aqui também ficam na minha cabeça, né. Sou garoto, tenho que aprender.

--Segunda-feira você completa 18 anos. Foi muito sacaneado pelos veteranos?
-- Ainda não, mas o Nenê disse que vai cortar o meu cabelo e raspar a minha sobrancelha. Eu não posso fazer nada, né? O cara tem o dobro do meu tamanho (risos)...

O estilo de Rubén Magnano

O esquema de treinos da seleção brasileira é claro: a imprensa entra nos primeiros cinco minutos e só volta nosdez minutos finais. É o estilo de Rubén Magnano, e não dá muito para contestar um campeão olímpico (na NBA, isso é muito comum também, diga-se de passagem). Na parte derradeira, porém, foi possível ver o argentino, na roda final com os atletas, falar: "É na defesa que se ganha esse jogo, é na defesa. Não são os tiros de três pontos que vão levar o Brasil ao título mundial. É a defesa! Vocês estão ouvindo?". E os jogadores balançavam a cabeça, ouvindo e assimilando o que o treinador dizia. Foi depois disso que o Bala na Cesta, ao lado do amigo Rodrigo Alves (do Rebote), conversou com um Magnano totalmente sorridente e afável.

BALA NA CESTA: Como foi esta primeira semana? Pelo que vimos nos últimos minutos de treino, a defesa é seu principal desafio aqui, não?
RUBÉN MAGNANO: Nestes primeiros dias vi um alto comprometimento e uma excelente atitude dos atletas. É óbvio que falta trabalho tático, técnico, mas isso vem com o tempo. Com este espírito, podemos ir longe, estou seguro disso. Sobre a defesa, eu sinceramente acho que é impossível vencer em nível internacional sem uma retaguarda forte. E os jogadores sabem disso. Além disso, minha ideia de basquete passa muito por um setor defensivo forte, bem armado.

-- Você tem visto o movimento dos outros times, certo? Os EUA perderam muitos atletas, a Argentina vem sem Ginóbili, a Alemanha não terá o Dirk Nowitzki. A tarefa da seleção brasileira fica menos difícil para trazer uma medalha?
-- Eu jamais me permito pensar assim. A melhor equipe é aquela que possui todos os atletas interessados, independente de valores. O pior que pode acontecer para um time é ter grandes nomes, e pequeno comprometimento.

-- Você já treinou alguma equipe em que este nível de comprometimento tenha sido baixo?
-- Não, eu não permito que isso aconteça. Comigo, ou o jogador está de corpo e alma nos treinos, na concentração, nos jogos e nas palestras, ou está fora. E acho que esse grupo assimila isso muito bem.

-- Houve técnico da seleção brasileira que tinha uma planilha com dados de como queria ver a seleção (neste momento, Magnano levanta a sobrancelha e se mostra surpreso). Exemplo: 100 touches, 16 erros por jogo etc. . Você possui uma idéia de como quer ver o seu time?
-- Olha, eu não sou estatístico, eu sou técnico. Nunca fiz uma planilha dessas, simplesmente porque não proíbo meus jogadores de nada. Se uma partida diz que temos que atirar 20 bolas de três pontos, vamos atirar. Mas com responsabilidade. Meus atletas entram em quadra sabendo o que fazer – eu não preciso ficar monitorando-os com números.

-- Você já pensou em como montar o seu garrafão com Splitter, Nenê e Varejão? Jogar com os três é impossível para você?
-- Impossível é uma palavra que eu não uso, mas digo a você que esta possibilidade é bastante difícil. Não sei o que vou fazer, e nunca digo aos meus atletas quem serão os cinco titulares. Além disso, se você for lembrar, o Luis Scola, em 2004, vinha do banco, e foi tão decisivo quanto o Manu Ginóbili nas Olimpíadas de 2004. No basquete, existem os que iniciam os jogos, e aqueles que terminam. É assim que penso.

-- Como estão os meninos que foram integrados à seleção (Raulzinho, Jordan e agora o Lucas Bebê)?
-- Olha, eles já estão totalmente integrados ao grupo. Nos treinos, trato a todos igualmente. Acho que esta é uma experiência espetacular para eles, que estão ao lado de atletas consagrados e experientes, e espero que sirva de trampolim para seus futuros na seleção adulta. Não espero, sinceramente, que fique por isso mesmo. O Raulzinho e o Bebê foram muito bem com a seleção sub-18, e o Jordan eu já conhecia do Sevilla. São meninos de muito futuro, e minha impressão deles é bem positiva.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fui, mas volto já

Pessoal, acabo de chegar do treino da seleção brasileira, mas a sexta-feira à noite me impede de deixar um post mais completo por aqui. Amanhã, porém, tenho um papo legal com Rubén Magnano, e entrevistas com Lucas Bebê e Jordan Burger. Vale a pena esperar. Depois eu volto, ok?

Alto-falante

"Não estou preocupado com isso (em ser titular). Acho que só vai ser diferente se acontecer. Mas também não estou preocupado com isso. Vamos estar jogando num nível tão alto que o que quero é poder contribuir com o grupo"

A frase é de Marcelinho ao Globoesporte.com. O camisa 4 do Flamengo parece conformado em vir do banco de reservas sob a batuta de Rubén Magnano.

O sonho dos Knicks

Estava na cara. Ontem, Chris Paul conversou com a diretoria do New Orleans Hornets, e, insatisfeito com os rumos da franquia, pediu para ser trocado. Os Hornets, ao meu ver, deram mole, porque sabiam que poderiam perder o seu craque e nada fizeram (não trouxeram jogadores). Agora, terão que se desfazer de CP3 por bem menos do que ele vale.

Pelo que leio na ESPN, os Knicks, que contrataram Raymond Felton há pouco tempo, saem na frente para contratá-lo (Magic, Portland e Dallas também têm interesse). Comenta-se que o New York seduziria Chris Paul com a possibilidade de juntá-lo agora a Amare Stoudemire, e, na próxima temporada, a Carmelo Anthony (se o craque do Denver não renovar com os Nuggets, claro).

Caso o sonho dos Knicks se concretize, teríamos, assim, um novo trio do barulho no Leste. Em Miami, Chris Bosh, Dwyane Wade e LeBron James. Em Nova Iorque, Chris Paul, Carmelo Anthony e Amare Stoudemire. É cedo para cravar o que acontecerá, mas a possibilidade deve já anima a turma da Big Apple.

Ótima iniciativa

Alguns leitores deste blog pediam para Rubén Magnano convocar o jovem Lucas Bebê ao menos para treinar com a seleção adulta. Pois assim foi feito. A partir desta sexta-feira, o pivô, um dos destaques da Copa América Sub-18, estará com Nenê, Anderson, Leandrinho e as outras feras do time brasileiro.

Vale notar que, além de Bebê, estão treinando com Magnano os jovens e promissores Raulzinho e Jordan Burger - ou seja, da novíssima geração, três estão participando da seleção adulta, um ótimo sinal. Sem dúvida a iniciativa merece muitos aplausos, e deveria servir de exemplo para a seleção feminina.

A CBB e Magnano estão de parabéns pela ideia. Que ela seja estendida para outras ocasiões, pois todos ganham: os garotos, que evoluem, e o basquete brasileiro, que, no presente, planta o futuro.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Da Prancheta

47 milhões - É o valor do novo contrato de Luis Scola com o Houston Rockets. O acordo tem a duração de cinco anos. Com a contratação de Brad Miller (três anos, US$ 15 milhões), o Houston terá o garrafão com Scola, Yao Ming e Miller.

O que eu faria

Como esperava, o post aqui debaixo causou um rebuliço no blog. Não tenho a menor intenção de ser dirigente da CBB, mas para não ficar apenas na crítica, coloco aqui o que eu faria para o basquete feminino:

1) Promoveria uma renovação radical na seleção adulta (digo isso porque acredito que a geração que irá ao Mundial da República Checa não conseguirá, por exemplo, ficar entre as quatro primeiras). Manteria apenas Érika, Iziane e Adrianinha como pilares experientes e promoveria as jovens. Seria claro e diria: “Vamos perder durante três, quatro anos, mas as meninas vão evoluir”. Preencheria o grupo com Nádia, Franciele, Tássia, Damiris, Fabiana, Débora, Tatiane Pacheco, Joice, Aruzha e outras meninas. Em 2016, no Brasil, teríamos uma seleção forte, alta e rodada.
2) Só colocar as jovens, porém, não basta. O ideal seria colocá-las para rodar em camps na Europa e EUA, fazer amistosos contra seleções fortes, terem clínicas com profissionais capacitados e fazer com que elas permanecessem mais tempo com a seleção brasileira.
3) Tentaria criar, como é feito no vôlei, um time Sub-21 para disputar o Nacional Feminino. Seria bom para todo mundo. Para os clubes, que veriam as meninas que pouco são aproveitadas na categoria adulta se desenvolverem, e para o basquete brasileiro, que diminuiria o hiato que há entre a base e o profissional.
4) Investiria pesado nas seleções de base (com capacitação dos técnicos, promoção dos campeonatos interestaduais e acompanhamento das jovens). O projeto é de longo prazo, mas é preciso preparar a semente desde já.

Obviamente são apenas as minhas ideias, e provavelmente muitos de vocês pensam diferente. A caixinha está aberta para o debate.

Continuísmo

"Estou em sintonia com o projeto da Hortência e do departamento técnico sobre o futuro do basquete brasileiro. Como vi em meu país, chega um momento que é renovar ou morrer". Esta foi a declaração de Carlos Colinas em 6 de março de 2010 ao UOL.

Por isso é estranho notar que a seleção feminina que viaja para a Eslováquia neste final de semana tem seis nomes que disputaram as Olimpíadas de Pequim (Adrianinha, Karen, Mamá, Beling, Micaela e Kelly - Franciele não está lá porque está machucada) e 11 da Copa América de 2009 (seriam 12 com Franciele).

Alguns pontos:
1) Carlos Colinas não tem a menor culpa. Como seu contrato é de curto prazo (até o final do Mundial), ele pensa... no curto prazo. Alguém deveria alertá-lo (direcioná-lo) para algo diferente, não?
2) Hortência não deveria ter um direcionamento claro do que ela quer ver no basquete brasileiro dentro de três, quatro anos? Será que essa geração tem pique, e basquete, para atuar em alto nível nos Jogos de Londres, em 2012?
3) Aquele discurso de Hortência e da diretoria da CBB (de renovação e novos métodos na seleção feminina) não vão sair do papel jamais?
4) Das meninas que podem ir ao Mundial, a mais nova é Damiris (17 anos). Depois dela, vem Nádia (21). Após as duas, só Natália (25). Entre as veteranas, Helen (37), Alessandra (37), Adrianinha (31), Kelly (30), Micaela (30) e Mamá (32). Pouco balanceado o time, não?

Se o basquete masculino aprendeu com seus próprios erros (técnicos de alto nível nas seleções adulta e sub-18), o feminino segue fazendo exatamente como nos últimos anos. E quem faz tudo sempre igual não pode esperar resultados diferentes, não é verdade? Vale lembrar que o Brasil chegou em 11° nas Olimpíadas de Pequim. Será que podemos usar o termo "morrer", como fez Colinas?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O começo da seleção masculina

Ontem começaram os treinos da seleção masculina aqui no Rio de Janeiro. Infelizmente, não consegui ir, mas deixo aqui alguns links para vocês saberem mais do que acontece com o time de Magnano.

-- Primeiro dia não foi moleza
-- Rodrigo Alves conversou com Huertas.
-- "Estou me sentindo como uma criança com um amigo novo", diz Nenê ao Globoesporte.com.

Antes que cheguem as pedras ("o Bala critica, mas não vai aos treinos"), digo o seguinte: trabalho no Centro do Rio de Janeiro até, no mínimo, às 19h, e chegar à Barra da Tijuca a tempo do treino é uma tarefa impossível. Mas no final de semana vou tentar comparecer ao Marina (local dos treinos).

Colinas corta Cris e define o grupo

A ala Cris (foto) foi cortada ontem por Carlos Colinas, que definiu o grupo de 13 jogadoras que viaja para a Eslováquia (amistoso e Grand Prix no país) neste final de semana. Abaixo, a lista das atletas.

Armadoras: Helen, Adrianinha e Natália
Alas: Karen, Silvia Gustavo, Palmira, Fernanda Beling e Micaela
Pivôs: Damiris, Alessandra, Kelly, Mamá e Nádia

Para o Mundial, porém, o time deve contar com as presenças de Iziane, Érika e Franciele. Aí fica a pergunta: quem, das 13 meninas listadas acima, sai para a entrada do trio (quatro serão cortadas, portanto)? A caixinha está aberta para palpites.

Alguém se habilita?

A janela para a contratação de jogadores começou há duas semanas, mas astros da NBA ainda procuram time para a próxima temporada. Os casos que mais chamam a atenção são justamente os de Tracy McGrady, Shaquille O'Neal e Allen Iverson. Além deles, o útil Richard Jefferson busca um lar após rescindir o seu contrato de US$ 15 milhões com os Spurs.

Pelo que se comenta, os Clippers querem T-Mac, mas T-Mac não quer os Clippers. O desejo do craque é jogar em Chicago, onde ele poderia, em boa forma (se é que isso ainda é possível), formar um trio do barulho com Carlos Boozer e Derrick Rose.

Shaq, por sua vez, recebeu uma ligação do Boston, mas as conversas não evoluíram. Acho que O'Neal cairia bem no San Antonio e, por incrível que pareça, nos Lakers (isso, claro, se as arestas dele com Kobe Bryant fossem aparadas - se é que isso também é possível).

Depois de se ausentar de parte da última temporada, Allen Iverson ainda não sabe se joga pelo Philadelphia. A ESPN informa que o rapaz gosta da possibilidade de atuar em Miami (quem não gosta?), mas que nada de concreto há ainda.

E você, contrataria algum dos rapazes para o seu time? Incrível é notar que dois deles já foram MVP's (Shaq tem quatro títulos!), e o outro, Tracy McGrady, já foi All-Star em sete ocasiões e cestinha da liga em duas oportunidades.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O companheiro de Magnano

A seleção brasileira terá novo assistente técnico. Como se especulava desde a contratação de Rubén Magnano, um argentino se juntará ao campeão olímpico no time brasileiro que disputará o Mundial da Turquia.

Trata-se de Fernando Duró, também auxiliar de Magnano na campanha que levou a Argentina ao ouro olímpico em 2004 e campeão argentino de 2006 pelo Gimnasia. Duró terá Neto também como assistente.

E você, o que achou da contratação de um novo assistente para a seleção masculina?

Alto-falante

"Esse Mundial vai ser bem legal. A seleção está muito forte com os caras da NBA e da Europa. Vai ser uma experiência e tanto estar lá com eles e jogar um campeonato forte. O que eu quero é tentar ajudar e aproveitar bastante. O que vier depois disso vai ser lucro. Não conheço tanto o Magnano, mas ele queria jogadores que estivessem a fim de jogar. Eu só sei que ele é o cara", Valtinho em 27 de maio de 2010 ao Globoesporte.com.

"Conversei com o Vanderlei (diretor da CBB) e expliquei que queria ficar com a família, com meu filho de 1 ano. Não estaria 100% concentrado na seleção. Há tempos pensava que tinha acabado (meu ciclo na seleção). A convocação foi uma surpresa, mas agora acabou", Valtinho em 19 de julho de 2010 ao Lancenet.

Será que o mundo mudou tanto de dois meses para cá?

Valtinho fora - e o armador reserva?

Alguém ficou surpreso com o pedido de dispensa de Valtinho da seleção? Não, né. Sempre foi assim, não é verdade? Não vou discutir a opção do jogador, mas me espanta o fato de o anúncio ter sido feito após o próprio Valtinho ter dito que estava empolgado com a possibilidade de jogar no Mundial. Se eu sou a CBB, nunca mais pensaria em chamar o cara.

Sinceramente, acho que todo atleta tem o direito de achar que seleção é coisa de segundo plano (eu não penso assim, mas admiro quem consiga enxergar assim). Há grandes jogadores que optam por não atuar por seus times nacionais (no vôlei, Gustavo fez isso há pouco tempo), mas a forma como Valtinho age, e agiu ontem, é lamentável, triste. Seria muito mais honrado anunciar a decisão com antecedência, e não a poucos minutos da apresentação do time de Rubén Magnano. Os fins, como se vê, não justificam os meios - muito menos para Valtinho, cujo passado já o condenava neste sentido.

Por ora, o que fica é a dúvida sobre quem será o reserva de Huertas na Turquia (mesmo problema que afligia todas as últimas seleções brasileiras aliás). Como opções temos Paulinho, Nezinho, Raulzinho, Fulvio, Luiz Felipe Lemes e o improvisado Duda (se pudesse, escolheria Fulvio ou Lemes).

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Franciele ou Francielle?

Grande leitora deste blog, a CBB, que até então não se pronunciara sobre o corte de Tássia e a lesão de Franciele, resolveu colocar uma notícia em seu site sobre a seleção feminina logo depois de o Bala na Cesta divulgar os fatos (a primeira nota desde o dia 15 de julho, diga-se de passagem). O problema é que a entidade se confunde toda ao falar sobre a lesão da ala-pivô.

Na legenda da foto, é Franciele. No intertítulo, Francielle. No texto, Franciele. O problema com o nome da atleta, aliás, não ocorre pela primeira vez no site da CBB (clique aqui e leia mais). É mole?

Tássia cortada

Tássia (foto) foi a primeira cortada pelo técnico Carlos Colinas na seleção feminina. A informação é da assessoria da entidade (ainda que não exista regristro em Twitter ou site). Não vi os treinos, mas acho uma pena que a ala não possa seguir treinando com o time. Seria importante para o basquete brasileiro e para o desenvolvimento da atleta.

Outra novidade é a ausência de Franciele do amistoso contra a Eslováquia (25 de julho) e do Grand Prix, que será disputado entre 31 de julho e 2 de agosto. A ala se recupera de lesão, e começou tratamento para voltar a tempo de disputar o Sul-Americano do Chile.

Agora, 14 meninas treinam em Barueri (ainda não se sabe se Colinas cortará outra/outras para a turnê européia).

Um detalhe

Não sei se os amigos repararam, mas da lista de 18 times que a LNB anunciou como potenciais participantes da edição 2010-2011 do NBB não consta o nome de Barueri (equipe treinada por Marcel de Souza). A parceria, que seria feita com a Ulbra, não se concretizou (Rio Claro é que acabou firmando com a Ulbra, e ficou com a vaga).

Dos 19 times que filiados da LNB, Lajeado é o único que não demonstrou interesse em participar da competição.

Um olhar sobre Wall

De novo: é apenas Liga de Verão, mas John Wall, número 1 do Draft deste ano, tem jogado uma barbaridade com a camisa do Washington Wizards até aqui. Em quatro partidas, Wall tem 23,5 pontos, 7,8 assistências, 2,5 roubos e quatro rebotes de média (na sexta-feira, contra os Hornets, foram 31 pontos, com 18 no terceiro período).

Pelo que vi e pelo que conheço de Wall, o menino ainda tem muito a evoluir: o arremesso de três é errático (1/8 até aqui) e ele ainda prende demais a bola (seus 5,2 erros falam por si só), por exemplo. Mas é inegável reconhecer o seu talento e velocidade (por causa desta, ele já cobrou 47 lances-livres).

Sem ter encontrado um time que queira ficar com Gilbert Arenas, os Wizards devem colocar Wall e Arenas como titulares na armação no começo da temporada (com Kirk Hinrich vindo do banco). Com o útil Al Thornton e a possível renovação de Josh Howard, o time da capital não parece tão fraco assim. Vamos ver até que posição o seu calouro consegue levá-los.

domingo, 18 de julho de 2010

Da Prancheta

3 - É o número de derrotas consecutivas do Atlanta Dream na WNBA. O time, até então líder do Leste, perdeu a primeira colocação da conferência para o Washington após ver a caloura Tina Charles (22 pontos, 14 rebotes e quatro roubadas) dar show em Érika (16 pontos e sete rebotes) na vitória do Connecticut 96-80 na noite de ontem. Iziane saiu zerada após 11 minutos em quadra.

Alto-falante

"Técnico no Brasil é muito desvalorizado, principalmente, no adulto. É um trabalho muito desgastante e precisa ser mais valorizado. Espero voltar um dia, mas gostaria de ver um panorama melhor, com mais valor ao técnico"

A declaração é de Flávio Davis ao site da LNB. Após dez anos comandando o time adulto do Minas, o treinador volta a trabalhar com as categorias de base. Ele será o coordenador de um projeto do clube que visa revelar jovens talentos no esporte.

É sério isso?

Leio em reportagem da Globoesporte.com que foi realizada neste sábado a Assembleia Geral da Liga Nacional de Basquete. Nela fico sabendo que 18 equipes (Rio Claro, Limeira, Uberlândia e, pasmem, Nova Iguaçu são as novidades) se inscreveram para a competição (em breve a LNB anuncia a lista final). Outra novidade é o formato de semifinais e finais (os quatro classificados farão um quadrangular, com jogos de turno e returno, com os dois times mais bem colocados se classificando para a decisão, que será disputada numa partida único). Faço, aqui, perguntas.

1) Será que um campeonato nacional comporta 18 equipes? A Liga ACB, a segunda mais forte do mundo, tem os mesmos 18 times. Na Itália, são 16.
2) O nível técnico, que já é baixíssimo (para se ter uma ideia, Rubén Magnano disse, em entrevista, que as defesas daqui são ruins demais), não tende a ficar ainda pior com este inchaço? Não chegou a hora de ser criada uma segunda divisão com oito, dez clubes?
3) Com a possibilidade de a disputa ser em apenas uma partida na decisão, será que alguém ousa dizer que não é a TV Globo (principal beneficiária da novidade) que manda em tudo? No próprio release da entidade há uma pista: "Esse assunto ainda será levado para ser debatido com a Rede Globo antes de ser oficializado".
4) Com o novo formato dos playoffs, teremos quatro formas na fase decisiva: playoff repescagem (5º ao 12º), playoff (quartas-de-final), quadrangular e a final. Será que vai ter um guia explicativo para os torcedores?
5) O dirigente do Iguaçu, Keller Cardozo, disse que tinha "uma aliança com o Tijuca, que não foi à frente. Nosso plano B era a Prefeitura de Queimados, que começou a nos apoiar. Ainda estamos no processo de montagem da equipe, mas temos alguns nomes". Dá para levar a sério uma coisa dessas?
6) E o campeonato de base, quando sai? Ainda não há previsão?
7) A parte de alinhamento (planejamento integrado?) com a CBB já saiu do papel? Não há nada de concreto para que os jovens talentos da modalidade sejam aproveitados (olha a garotada da sub-18 aí dando sopa)? A LNB deve, sim, organizar o campeonato de basquete, mas a sustentabilidade de seu negócio depende de boa matéria-prima, não? Ficar esperando alguma solução da Confederação tampouco é uma boa ideia, né...

São perguntas que o pessoal da Liga Nacional de Basquete precisa responder. E é bom olhar tudo isso com carinho, porque o NBB2 não evoluiu tanto quanto poderia.

sábado, 17 de julho de 2010

Para voltar a ser grande

É apenas Liga de Verão, mas DeMarcus Cousins (foto), ala-pivô escolhido pelo Sacramento na quinta colocação (em Kentucky, ele teve 15,1 pontos e 9,8 rebotes na temporada), vem jogando muito bem até aqui (em quatro partidas, médias de 17,1 pontos e 11,5 rebotes - em todas, ele saiu com duplo-duplo de quadra) e provando aquilo que se dizia dele antes do Draft (Cousins seria, para os analistas, o mais preparado dos jovens).

Repito: é só o começo, é Liga de Verão, mas o Sacramento Kings pode, nesta temporada, sonhar com alguma coisa maior do que as 25 vitórias de 2009-2010. Sob o comando do técnico Paul Westphal, os Kings terão os ex-calouros Tyreke Evans e Omri Casspi mais maduros, um garrafão com Cousins, Jason Thompson, Donte Greene, Carl Landry e Samuel Dalembert e os razoáveis Beno Udrih e Francisco Garcia - muita gente diz que um chutador confiável faria deste time um candidato aos playoffs, fato que não acontece com a franquia desde 2006.

É óbvio que ainda não se trata de um time campeão, mas o Sacramento Kings tem, principalmente em Evans e Cousins, aquela que pode ser a base de um grande time. Como aquele que o Sacramento tinha no começo da década.