domingo, 31 de maio de 2009

Perdemos para o Uruguai!

Há cerca de cinco anos eu ouvi de um "guru" que o Brasil passaria a perder do Uruguai dentro de pouco tempo. Da Argentina, nem contávamos mais. Eu duvidei. E me quebrei nessa. Ontem, em Trindad, a seleção sub-17 conseguiu a proeza de perder dos uruguaios por 81-77 na prorrogação - Uruguai, como sabemos, uma "nova potência" da modalidade. Agora terá que vencer a possante Venezuela na disputa do bronze para garantir vaga na Copa América e, posteriormente, no Mundial da categoria.

O engraçado (ou triste) é perceber que as novas gerações repetem os erros da seleção adulta. O time comandado por Gustavo de Conti teve em Raul (foto) o seu cestinha (26 pontos), mas pecou muito no controle de bola (19 erros). Na defesa, permitiu que Pérez anotasse incríveis sete de três pontos (26 pontos no total) e Nicolas (28 e 9/10 nos arremessos). A dupla, portanto, anotou 66% dos pontos do time celeste, sem que o Brasil conseguisse defendê-los com correção. Ou seja: quando o assunto é individualidade, vamos bem. Quando o assunto é coletivo, pecamos. Difícil perceber isso, né...

E agora, o que fazer? Será que vamos passar a perder, também, para o Uruguai? Será que vamos nos conformar com a falta de conteúdo dos nossos técnicos? Será que ensinarão a estes talentosos meninos a defender com disciplina e sentido tático? Será que algum dia a CBB olhará para isso? São muitas perguntas, e que eu sinceramente não consigo responder.

ATUALIZAÇÃO (23:10) - O Brasil ganhou da Venezuela (107-62) e se classificou para o Pré-Mundial.

O tal mando de quadra

Após a derrota na primeira partida da semifinal do NBB, ao Brasília só restava uma opção: vencer as duas em casa, colocar pressão no Minas e viajar tranquilo para Belo Horizonte. Pois foi isso que eles fizeram neste final de semana. Após os 103-76 de ontem, hoje o time de Lula Ferreira teve mais dificuldade, mas também venceu: 89-79. Com 29 pontos de Alex e uma ótima atuação de Valtinho (14 pontos e seis assistências), os candangos fizeram um ótimo quarto período (24-13), que garantiu o mando de quadra e a vantagem na série (2 a 1).

Ao Minas só a esperança de repetir a ótima atuação da primeira partida. Flávio Davis tem time, mas fazer com que seus comandados não insistam nas bolas de três (4-20 hoje) é imperativo para se manter vivo na competição. Errar menos (17 neste domingo), idem.

O Orlando é grande

Escrevi aqui há algum tempo que o Orlando tinha time para ir às finais da NBA. Pois é. É lá mesmo que eles estão agora com a vitória de 103-90 contra o até então favorito Cleveland (4 a 2 na série, e adeus ao duelo entre Kobe e LeBron por um anel, bem como o entre brasileiros). Com 40 pontos e 14 rebotes de Dwight Howard (foto), fica impossível não fazer comparações com o grupo que o também gigante feroz Shaquille O'Neal levou à decisão em 1995. Os Magic enfrentarão o Los Angeles Lakers na final que começa na quinta-feira (na temporada regular, 2 a 0 para a galera da Flórida).

LeBron James (foto ao lado) terminou a partida com 25 pontos, e média de 38 na série. Dizer que o Cleveland perdeu por sua causa beira a crueldade. Dizer que seus pares não contribuíram no ataque, idem (West fez 22, Mo Williams, 17 e Anderson, 14). O problema dos Cavs nesta final do Leste foi na defesa. Em toda a série eles levaram pelo menos 95 pontos em cada uma das seis partidas. Para um time que sempre se caracterizou pelo cadeado defensivo, isso pesa, e pesa muito. Contra bons chutadores (hoje foram 12 de três), dar espaço é o mesmo que pedir para ser eliminado.

Fica a frustração para a torcida de Ohio. O Cleveland é o terceiro time a conseguir uma campanha de mais de 65 vitórias e não terminar com o título. Mas, de novo, não dá para ser considerada uma zebra esta derrota. Em cinco jogos em Orlando, os Cavs perderam todos. Mas fica a pergunta: o que é preciso para fazer para ser campeão? Votos na caixinha!

Brasília empata, e Flamengo está na final

Ainda invicto no playoff, o Flamengo sapecou fáceis 109-94 em Joinvile, fechou a série em 3 a 0 e está na final do NBB. Quem não está mais sem derrota é o Minas, que perdeu para o Brasília por 103-76. Série empatada em 1 a 1, jogo três neste domingo às 12hs. Vale a pena conferir.

sábado, 30 de maio de 2009

Será que o Cleveland empata?

Como não sei se acompanharei a partida com o computador do lado, deixo aqui a caixinha de comentários para um debate durante a partida número 6 entre Orlando Magic e Cleveland Cavs, na Flórida. Uma vitória garante o lugar na decisão de Dwight Howard e seus companheiros. Um triunfo dos liderados por LeBron James, um emocionante sétimo duelo.

E aí, o que será que acontece? A caixinha está aberta!

Pelo bi

Com médias de 13,5 pontos e 7,5 rebotes na fase de classificação, Tiago Splitter começa hoje, às 18:15 espanhola, contra o Real Madrid uma dura briga para tentar avançar com o seu Tau Ceramica às finais da liga ACB. Campeão na temporada 2007-2008, o brasileiro terá que cortar um dobrado contra o ótimo Felipe Reyes (campeão mundial e vice olímpico) nos garrafões. O blog acompanha também o duelo que começa amanhã entre Unicaja (de Aíto Garcia, técnico da Espanha em Pequim) e Barcelona (de Navarro).

ATUALIZAÇÃO DO POST (17:28)

Splitter destruiu o Real Madrid no primeiro jogo da semifinal. Fez 22 pontos (9-13 nos arremessos), apanhou 12 rebotes (seis ofensivos) e viu seu time fazer 91-80 nos "merengues" - Rakocevic fez 23. A segunda partida está marcada para quinta-feira, na capital espanhola.

Olha eles lá de novo

Carmelo Anthony tinha uma missão nesta sexta-feira: vencer o Lakers para comemorar seu aniversário (25 anos) em paz e encerrar de vez uma maldição que incomoda bastante (em jogos de eliminação ele estava 0-4, e com desempenho pífio nos arremessos. Mas ele não conseguiu, terá um péssimo final de festa e ainda ouvirá críticas a respeito de sua atuação na quinta derrota seguida quando seu time esteve contra a parede. Foi com 6-17 de Melo que os Nuggets perderam, em casa, para o Lakers por 119-92 (uma surra portanto). Eliminados por 4 a 2 na final do Oeste, eles agora vêem os angelinos em sua segunda final consecutiva.

Acho que não preciso dizer quem foi o maior destaque da partida, né. Kobe Bryant (foto), claro. Fez 35 pontos, deu 10 assistências e ainda apanhou seis rebotes (um erro apenas). Trevor Ariza, estupendo na marcação a Carmelo e nas coberturas a Billups (péssimo com 10 pontos e 2-7 nos arremessos), ainda contribuiu com 17 pontos e quatro rebotes. Em seu nono duplo-duplo seguido nos playoffs, o ótimo Pau Gasol somou 20 e 12. O Lakers, novamente jogando como um time, mostrou que passar faz bem. Foram 28 assistências em 43 arremessos convertidos - o dobro das 14 do pessoal do Colorado.

Quer uma má notícia? Não veremos um duelo entre brasileiros na final da NBA. Quer outra má notícia? Nenê quebrou o antebraço esquerdo e usará uma proteção por três ou quatro semanas (adeus a seleção?). Quer mais uma má notícia? Anderson Varejão pode fazer, neste sábado, com que a decisão da liga não veja nenhum brazuca. Quer terminar com outra má notícia? O Lakers, time odiado por muitos, chega fortíssimo para conquistar o título. Depois de um começo titubeante, fez ótimos jogos contra esse bom time do Denver e minou suas melhores peças.

Na segunda decisão consecutiva, é difícil imaginar que Kobe e companhia não estejam mais maduros e prontos para colocar o anel nos dedos.

Perto da final

O Joinvile vencia o Flamengo no Tijuca por 85-84 faltando menos de três minutos para acabar a terceira partida da semifinal. Aquilo que poderia se transformar em um 1 a 1, porém, logo virou um 2 a 0 trágico e uma eliminação provável para o time de Bial. Com 8-1 nos instantes finais, os rubro-negros ficam a apenas uma vitória da final do NBB.

Marcelinho (foto) errou oito vezes, mas converteu 32 pontos e ainda deu três passes. Dentro do garrafão, Baby terminou com 20 pontos e sete rebotes, apesar dos seis erros. O Flamengo, aliás, abusou nos desperdícios (24). Mesmo assim o Joinvile não conseguiu aproveitar. Uma pena, pois o time conseguiu se recuperar de um começo desastroso na noite desta sexta-feira (11 a 0), virou a partida e não teve fôlego (ou categoria).

Caso perca hoje, novamente às 21:30, seu futuro será assistir à decisão pela telinha.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Dê seu voto

Semana passada, na praia, discuti com amigos quem seria o melhor técnico do NBB. Por isso eu gostaria de ampliar o debate aqui. Quem foi mais treinador na fase de classificação do torneio? A enquete está aberta no menu do lado direito! Fique à vontade para opinar. Ao final dela eu anuncio o meu voto e o ganhador pelo voto de vocês.

Uma entrevista para analisar

Em sua série de entrevistas fantásticas o Draft Brasil foi além desta vez. Entrevistou José Luiz Sáez, presidente da Federação Espanhola. Na boa, é um papo que merece ser lido, relido e analisado. Podemos entender, muito bem, o porquê de o país ser uma potência da modalidade atualmente. Poderia colocar, aqui, uma ou outra declaração de Sáez a Guilherme Tadeu, mas seria injusto. O papo todo está sensacional! Confira clicando aqui.

Da Prancheta

10,1 milhões - Foi esta a audiência do jogo quatro entre Orlando Magic e Cleveland Cavaliers (terça-feira), recorde da TV por assinatura americana em uma partida da NBA. A marca anterior era de 9,9, da segunda-feira entre Lakers e Denver (quarta partida também).

Uma vitória, um aviso

O Cleveland abriu vantagem no começo pela enésima vez nesta final do Leste (37-21). Repetiu, pela enésima vez, os erros no período seguinte (21-37) e permitiu que o Orlando dificultasse uma vitória que parecia, e era para ser mesmo, muito fácil. Mesmo assim, os Cavs, que começaram o último período perdendo de um ponto, tiveram força para reagir, fechar o duelo em 112-102 (34-23 no último quarto) e voltam para Orlando com 2-3. Lá, eles só terão uma missão: vencer. Só isso salva a temporada.

LeBron James (foto) trouxe os seguintes números: 37 pontos (17 nos últimos 12 minutos, se minha conta não falha), 14 rebotes e 12 assistências. Um absurdo de atuação! James contou com a valiosa ajuda de Mo Williams (24 pontos e seis bolas de três) e a boa pontaria de seu time como um todo (9-18 de longe). O Orlando teve em Dwight Howard um monstro (24 pontos e 10 rebotes), e em Rafer Alston o desastre (1-10 nos chutes e três desperdícios tolos).

Então fica o recado: na Flórida o Orlando tentará fechar e avançar para a final pela primeira vez desde 1995. Mas terá em LeBron James um adversário muito duro. Na boa: os Magic possuem time e já provaram ser capazes de derrotar o Cleveland (onde quer que seja). Mas não será fácil manter a invencibilidade em casa por toda uma série.

E você, o que acha? Quem leva o jogo seis?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Teoria da Conspiração?

O Denver Nuggets evoca a famigerada Teoria da Conspiração para justificar a derrota de ontem para o Lakers (leia no post abaixo). O Denver Post fez uma "matéria" sobre isso. Na boa: o time errou 16 arremessos no quarto período, cobrou 49 lances-livres no jogo quatro, não teve nenhum de seus "animadinhos" (Dahntay Jones e Chris Andersen, por exemplo) suspenso e ainda vem falar de "roubo"? Sei não, mas ainda não inventaram melhor resposta do que vencer na quadra. E, vamos combinar, na partida desta quarta-feira a arbitragem não foi das piores (como foi, por exemplo, no duelo entre Cavs e Orlando no dia anterior).

O que vocês acham? A caixinha é de vocês!

Via Defesa

Não sei se é necessário dizer que para praticar o bom basquete é preciso defender muito. Foi isso o que o Lakers fez ao final de três quartos empatados contra o Denver nesta noite (em 25, 31 e 20). Protegendo a sua cesta com muita disciplina e paciência, o Los Angeles abriu 15-5 no começo do período decisivo, soube segurar a onda quando o ritmo caiu (a diferença chegou a quatro) e fechou o sexto duelo em confortáveis 103--94. Abre 3 a 2 na série e viajará para o Colorado com um mínimo de tranquilidade para fazer aquela que pode ser a última partida da final do Oeste. Aos Nuggets só resta vencer para forçar um sétimo embate.

Kobe Bryant (foto) nem precisou arremessar tanto (13) para ser espetacular. Fez 22 pontos, mas suas oito assistências falam muito sobre sua atuação - o Lakers, como um todo, também esteve bem neste fundamento, com 25 passes em 37 arremessos convertidos. Lamar Odom (soberbo com 19 pontos, 14 rebotes e quatro tocos - ele está na foto abaixo), Pau Gasol (14 e 10, em seu oitavo duplo-duplo seguido na pós-temporada) e Trevor Ariza (novamente muito bem na defesa e ainda com 12 ponto) também foram muito bem - além deles, Fisher fez 12.

Pelo Denver, Carmelo Anthony não foi muito bem (9-23 para 31 pontos), e Billups não liderou como deveria (ao contrário de Kobe). Nenê pouco jogou (26 minutos antes de ser excluído por faltas). Se quiser ajudar o seu time, o pivô brasileiro precisa controlar os nervos (levou uma técnica boba) e não cometer tantas faltas. J.R. Smith, a maior montanha-russa da NBA (24 pontos no jogo passado), terminou a noite com apenas sete (3-13 nos tiros e 1-10 de longe).

quarta-feira, 27 de maio de 2009

É PAGANdo que se recebe

Tarallo convocou 17 atletas para a segunda fase de treinamento rumo ao Mundial Sub-19 feminino. Leila, Fabiana, Tatiane, Joseane, Damires, todas estão lá, mas a melhor notícia vem ali embaixo: Waldyr Pagan (foto) está de volta à CBB, agora como administrador deste time. Pagan foi muito importante como "líder" da geração de Paula e Hortência, que agora o traz para a mesma função exercida quando ela era atleta. Bola dentro da Rainha, e é muito bom ter uma pessoa tão inteligente e comprometida com a modalidade de volta (talvez por isso eu tenha me empolgado no título do post)! Mas fica uma pergunta: o que terá acontecido com o nobre Antonio Carlos Barbosa? Informações na caixinha!

Se as mudanças estruturais demoram a acontecer na CBB como um todo, no basquete feminino as coisas começam a se concretizar.

Ufa, um sopro de basquete no Brasil

Amigos, o que dizer da partida do Minas nesta noite contra o Brasília? Em casa, os comandados de Flávio Davis (parabéns!) fizeram 91-78 contra os candangos, abriram 1 a 0 na semifinal do NBB e mantiveram a invencibilidade no playoff.

Mas melhor que a vitória é ver que o time não abusou dos três pontos (os 23 chutes se justificam pelos 10 acertos), errou muito pouco (7) e defendeu muito bem o potente ataque adversário (15 erros provocados, oito recuperações de bola e dois rebotes ofensivos permitidos). No ataque, Murilo brilhou com 21 pontos, assim como Shipp (25). Outros quatro atletas terminaram com nove pontos.

Em um torneio com tantos jogos ruins, é legal verificar que alguém está tentando (ao menos tentando!) fazer algo parecido com basquete. Que Brasília tome a derrota como lição.

Da Prancheta

125.000 - Este é o número de seguidores de Dwight Howard no Twitter. Se você gosta da ferramenta, clique aqui e siga o gigante do Orlando Magic. Este blog, como vocês já devem saber, não acompanhará D12 nessa.

Contra a história

Todo mundo sabe que o Denver Nuggets tem potencial para derrotar o Lakers em Los Angeles. Já fez isso uma vez e pode repetir esta noite no sexto duelo. De todo modo, o pessoal do Colorado terá que lutar contra um retrospecto ingrato: desde o ano 2000 os angelinos não perdem duas partidas de playoff para o mesmo adversário no Staples Center (22 séries após o feito). E quer saber de uma coisa? O último a conseguir isso, o Portland, ainda perdeu o confronto (4-3) válido pelas finais de conferência.

Já vencedores da segunda partida no terreno inimigo, o Denver Nuggets precisará igualar o feito do San Antonio Spurs em 1999. Naquele ano, Tim Duncan e seus companheiros bateram os Lakers duas vezes fora de casa para se classificar à final do Oeste. Se vale como motivação, ao final daquela temporada os texanos foram campeões.

Vamos ver o que os Nuggets aprontam nesta noite. Se quiserem avançar, é bom não deixar a série caminhar até o sétimo jogo. Em seu ginásio os Lakers são quase invencíveis neste tipo de situação (13-1 na história, e nove vitórias consecutivas com a corda no pescoço diante de sua torcida).

Quase lá

Dwight Howard fez 10 dos 16 pontos do Orlando Magic na prorrogação (27 e 14 rebotes no total). Sem pernas para as coberturas, o Cleveland viu os mandantes fazerem 116-114 (após um bolão de Rashard Lewis e dois lances-livres depois de falta duvidosa em LeBron James nos segundos finais do regulamentar) e abrirem 3 a 1 na final do Leste. O time da Flórida está QUASE lá. Falta um passo, mas a situação dos Cavs é complicadíssima.

Rafer Alston (foto) fez 26 pontos, e o Orlando terminou com o 17 bolas de três pontos (recorde da franquia em pós-temporada). Destaque, também, para Mickael Pietrus, que fez 17 pontos (cinco de longe) e trouxe uma energia impressionante do banco de reservas. LeBron James (49 de 53 minutos possíveis), coitado, terminou com 44 pontos, 12 rebotes e sete assistências, mas errou o arremesso que levaria a partida a novo tempo extra (não é uma crítica aqui, por favor). Mais uma vez a defesa do Cleveland falhou. Isso sem falar no técnico Mike Brown, que colocou Ben Wallace para marcar Lewis na bola final do tempo normal.

E aí, viu o jogo? O que achou? Será que o Cleveland ainda vira? A caixinha é de vocês!

terça-feira, 26 de maio de 2009

O fator Marcelinho

Tiagão empatou a partida em 86 quando faltavam oito segundos. Todo mundo sabia em que mãos a bola iria parar. E Marcelinho não fez feio. Forçou o contato com o marcador, levou falta, converteu dois lances-livres e sacramentou a vitória do Flamengo por 88-86 em Joinvile. O ala, aliás, terminou com 32 pontos. Com 1 a 0 na semifinal e dois jogos no Rio de Janeiro fica difícil acreditar que, mais uma vez, os comandados de Paulo Chupeta não chegarão a final.

Amanhã tem Minas e Brasília. Flavio Davis (ex-assistente) e Lula Ferreira (ex-técnico), ambos ex-seleção. Dá para termos uma noção de a quantas andamos.

Dois links

-- O corajoso Thiago Barbosa tentou entrevistar Ricky Rubio por alguns meses. Sua recompensa foi falar com o jovem craque espanhol, em entrevista que você pode ler aqui. O papo ficou bem legal. Parabéns aos dois!

-- Bert coloca no PBF a nova modalidade do basquete nacional: a maratona. Clique aqui e descubra. É um absurdo!

Os últimos quatro

Começam hoje as semifinais do NBB com Joinvile e Flamengo. Amanhã tem Brasília e Minas. Rodrigo Alves escreve sobre o assunto.

É na defesa, Mike Brown

Conhecido por sua defesa forte (a menos vazada e a de melhor aproveitamento nos arremessos adversários), o Cleveland Cavs só levou 95 ou mais pontos em três partidas seguidas em duas ocasiões durante a temporada regular. A terceira, infelizmente para eles, está acontecendo agora, quando o Orlando conseguiu fazer 107, 95 e 99. A média de 100,3 é 10% maior do que os 91,4 sofridos no campeonato. Quer mais? Nos playoffs, quando as defesas apertam e as médias no aproveitamento diminuem, o time de LeBron James está sofrendo, dos Magic, 16,1 pontos a mais do que contra Atlanta e Detroit.

Quer ainda mais? O Cleveland, que relegou os oponentes nos 82 jogos da fase de classificação a 43% e tem média de 42% nos playoffs, sofre com os 48,6% obtidos pelo Orlando em três jogos. Isso que Hedo Turkoglu, cuja média ficou em 41% na regular, está chutando 35%, hein (14-39). O estrago, portanto, poderia ser ainda pior.

Ora bolas, o que isso então quer dizer? Que o Cleveland precisa defender muito esta noite se não quiser voltar para Ohio com um indigesto 1-3 nas costas. Mike Brown precisa tirar um coelho da cartola para ratificar o seu prêmio de melhor técnico do ano.

Basquete de verdade

Eis que Nenê (13), K-Mart (15) e Chris Andersen (14) terminam a partida com mais rebotes que todo o time do Lakers (42 a 40). Sete do Denver fazem 10 ou mais pontos (Carmelo Anthony, machucado, fez 15 em 3-16). No "balanço" das assistências por erros, deu +17 para os Nuggets contra +9 para Los Angeles. Na linha do lance-livre o pessoal do Colorado foi 49 vezes (14 a mais que os adversários).

Está claro, né? Lavada dos donos da casa, os Nuggets, por 120-101, e 2 a 2 na final do Oeste. JR Smith (foto), que vinha meio apagado na série, explodiu com 24 pontos, e esta pode ser a melhor notícia para o Denver. Para o Lakers, Kobe fez 34 pontos, mas viu o seu time com um pouco de falta de energia no importante jogo 4 de ontem. Agora é voltar para Los Angeles, onde o quinto encontro pode dizer muito sobre o futuro das duas franquias na NBA.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Lá também tem

José Calderon anunciou, ontem, que não atuará pela Espanha no Europeu da Polônia. Ele, que havia dito que o Toronto não poderia lhe impedir de defender o time nacional, alega cansaço e que o período de repouso será necessário para se curar completamente. Ao menos o armador foi sincero em depoimento no site oficial, deixando as portas abertas para futuros chamados.

Vício de origem

Entro no site da Federação Paulista para saber como andam as meninas que representarão o Brasil nos torneios de base deste ano (Sul-Americano Sub-15, Pré-Mundial Sub-16, Sul-Americano Sub-17 e Mundial Sub-19). Mas me dei mal. Na esperança de acompanhar seus desempenhos, vejo que há, apenas, o registro dos pontos. Coloco acima um exemplo (Jundiaí e Americana) para vocês verem. E nem vou pegar no pé do site que coloca o nome de uma menina como "FernandO" (número 7 de Americana).

E aí fica a pergunta: se o cartão de visitas da Federação Paulista, repetido por todas as federações do país aliás, é o número de pontos, qual será o estímulo dos técnicos dessas pessoas para incentivá-las a executar outros fundamentos (passe, defesa, rebotes, entre outros)? Dentro de quadra o basquete brasileiro ainda vive a cultura do “ganha quem faz mais pontos”. Fora dela, seus dirigentes estimulam para que isso aconteça com atitudes como estas.

Quer um reflexo nos torcedores? A “convocação das meninas”, feita por este blog e pelo PBF, foi criticada pela ausência de uma chutadora voraz (Palmira) e pela inclusão de uma defensora nata (Karen, na foto ao lado). Pensam, claramente, que quem faz merece ir, e quem evita, não.

Se a cultura, que “vem de cima”, não mudar, continuaremos com uma visão turva sobre como é jogado, e principalmente ensinado, o basquete no mundo. Não dá para colocar uma estatística detalhada no site? Não coloque nada então - uma boa solução, já lançada por este blog para a LNB, seria colocar estudantes de estatística em uma espécie de estágio supervisionado.

Uma tabela só com os pontos dos jogadores é, no final das contas, um estímulo ao individualismo exacerbado em um esporte onde o jogo coletivo ainda dá mais resultado.

Milagre do lance-livre

Dwight Howard teve 59% nos lances-livres na temporada regular. Em um post no blog da NBA, ele dizia que seu objetivo era 70% em 2008-2009. Ele não conseguiu, mas seu desejo, mesmo que tardio, surtiu efeito neste domingo. Com 73% (14-19), D12, que terminou o duelo com 24 pontos e nove rebotes, comandou o Orlando a vitória de 99-89 contra o Cleveland Cavs, e ajudou os Magic a abrir 2 a 1 na final do Leste.

Isso foi possível mesmo com a atuação horrível de Hedo Turkoglu (1-11 nos arremessos, três desperdícios). Mickael Pietrus, com muita energia, esteve excelente, com 16 pontos, seis rebotes e uma defesa animalesca nos momentos finais do quarto período em cima de LeBron James.

LeBron, aliás, esteve muito bem como sempre, com 41 pontos (apesar dos 11-28 nos chutes), nove passes e sete rebotes, mas não evitou a derrota e o alarme de perigo que seu time ouvirá até a próxima terça-feira - até lá eles terão tempo para calibrar a mira após os 5-26 de longe hoje. Nova derrota na Flórida e teremos o time de melhor campanha da NBA voltando para casa com 3 a 1. Nada animador, não?

domingo, 24 de maio de 2009

Brasília avança

Bom, eu não vou dizer aqui que a partida foi uma pelada. Seria feio e ranzinza de minha parte dizer que foi, até mesmo porque foi, uma pelada. Mas aprendi com o tempo que jogos que determinam quem avança nos playoffs são, digamos, nervosos - eufemismos portanto.

Então vamos lá: em partida com duas equipes emocionalmente instáveis (31 erros), Brasília derrotou Franca por 64-59 (o segundo tempo viu apenas 43 pontos somados!), fez 3 a 2 na série e avança para medir forças com o Minas na semifinal do NBB.

Alex terminou com 18 pontos e foi o cestinha, mas um dado me chama a atenção: o ala da seleção brasileira, sempre considerado um dos mais responsáveis atletas de sua geração, parece ter aderido ao "modo tupiniquim de atuar". Só no duelo contra Franca foram 37 bolas de três arremessadas (7,4 por embate), e apenas doze convertidas (32%). Marcelinho, considerado por alguns como um "atirador maluco", tentou 24 para matar 13 nos três duelos contra o Pinheiros (média de oito tentativas e 54% de acerto portanto).

Alto-falante

"Nunca uso os anéis e não sei onde eles foram parar. Acabo de me mudar e não os encontro. Os caras da mudança não deveriam mexer nas caixas, mas mexeram. Espero que eles estejam por aqui, em algum lugar"

A frase é de Robert Horry, sete vezes campeão da NBA, e agora, ao que se vê, sem os anéis para mostrar aos filhos. Fica a lição: ao se mudar, leve os objetos de valor com você.

Prêmio merecido

Políticas à parte, nunca fez tanto sentido um Mundial masculino de basquete ser realizado em um país específico como o de 2014. Ninguém melhor no mundo representa a evolução, o amor e o trabalho sério do que a Espanha, que vem realizando um trabalho sério na modalidade há mais de 15 anos. Pode ser um fecho de ouro para carreiras de nomes como Pau Gasol, Juan Carlos Navarro e José Calderon, que colocaram os espanhóis no rol do primeiro mundo da bola laranja. Madrid, Sevilla, Bilbao, Las Palmas e Granada serão as sedes da competição.

O cara - Parte II

Trevor Ariza está fazendo um ótimo playoff (hoje foram 16 pontos, sólida defesa e uma roubada fenomenal no final). Lamar Odom foi estupendo neste terceiro duelo. Pau Gasol segurou o rojão embaixo da tabela e foi um monstro. Do outro lado, Billups, Nenê e K-Mart estiveram bem. Carmelo, por sua vez, não esteve ótimo, mas não comprometeu.

Pronto. Vamos ao que interessa.

E o que dizer de Kobe Bryant e sua atuação cavalar na noite deste sábado? Seus 41 pontos, cinco assistências e seis rebotes ajudaram o Lakers a vencer o Denver por 103-97, a abrir 2 a 1 na série e a recuperar o mando de quadra. Mas assim, na frieza dos números, fica fácil dizer que ele foi bem. Não é bem assim. O Los Angeles não jogou uma boa partida. Oscilou bastante na verdade (tanto que o último período, só de "alta", foi 32-18). E foi aí que o camisa 24 apareceu. Quando o Denver abria, Kobe recolocava o seu time "em combate". No final da partida, cansado e com a faca entre os dentes, fez uma bola de três genial, um jump difícil e cinco de seis lances-livres. Genial!

Um dia depois de LeBron James fazer o que fez na sexta-feira, Kobe Bryant mostrou que também merece todas as honras. Nós agradecemos.

sábado, 23 de maio de 2009

A última de Ricky?

Não foi boa aquela que pode ter sido a última partida de Ricky Rubio em solo espanhol antes de sua provável transferência para a NBA. Com apenas seis pontos e cinco erros em pouco mais de 25 minutos, o armador viu o seu DKV Joventut perder para o Real Madrid na capital por inapeláveis 78-61 e ser eliminado da Liga ACB nas quartas-de-final. Felipe Reyes, com 16 pontos e 8 rebotes, foi o grande destaque do time merengue.

Lacônico e com dores após choque com Raul Lopez, Rubio disse, após a partida, que não queria pensar, naquele momento, sobre seu futuro, mas os aplausos da torcida do Real Madrid e as lágrimas que caíram de seu rosto denunciam: sem futuro deve ser, mesmo, em solo americano.

O grande mestre Wlamir Marques

Após assistir ao 3º jogo do playoff entre o Flamengo x Pinheiros , confesso que me deu vontade de retornar ao mesmo assunto . É incrível tanta falta de raciocínio, de comando, de sutilezas, de caprichos, de organização, etc , etc e etc. Dá vergonha assistir aqui no Brasil um jogo desses: é muita irresponsabilidade para o meu gosto. Muitos erros de interpretação, velocidade extrema, incapacidade mental, puro individualismo, conscientização de jogo zero.

O jogo passa a ser cômico de tanta regalia dada aos atletas e ninguém susta aquilo. Quanto mais correm mais se complicam. Chegam a perder contra-ataques em série por total incapacidade mental. Os dois técnicos assistindo tudo e deixando para os jogadores o destino do jogo e do bumba meu boi , quando eles deveriam ser os chefes de uma grande missão . Um ficou na quadra o tempo todo, o outro foi expulso e ficou fora dando orientações não permitidas pela regra . Tudo isso veio coroar uma grande pelada oficial e muito bem paga.

Custo a acreditar que em sã consciência os nossos técnicos e jogadores aceitam essa forma de jogar como algo confiável e útil ao basquete brasileiro. Estamos na contramão do mundo, a loucura impera e nos falta a oxigenação necessária, só pode ser isso, não pensam e nem medem as consequências . Falam muito em mudanças no basquete brasileiro, mas ela só poderá vir se mudarmos tudo dentro das quadras. Ali está o nosso diabo, ali está a nossa descrença , urge um exorcismo completo . Ali está faltando DEUS, porque o que eu sinto é: "CADA UM PRÁ SI E DEUS PRÁ NINGUÉM.

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O depoimento acima é de Wlamir Marques, em sua comunidade no Orkut. Wlamir é um grande gênio do basquete brasileiro, e concordo inteiramente com seus argumentos listados acima.

Sempre Franca

Franca estava a um passo da eliminação a dez segundos do final do jogo 4 contra Brasília. Seria um castigo para quem brigou tanto contra contusões durante todo o NBB. Mas aí Helinho infiltrou, sofreu uma falta, bateu dois lances-livres, fez seu time vencer por 74-73 e empatou o emocionante duelo semifinal em 2 a 2. Agora é esperar o duelo final, neste domingo, às 13hs.

O cara

Não dá muito para falar sobre o que LeBron James fez ontem à noite. Perdendo por dois pontos e após desperdiçar vantagem de mais de dez pontos, o Cleveland estava quase fazendo as malas para visitar a Flórida com um desagradável 0-2 nas costas. Mas aí o tal camisa 23 apareceu, arremessou faltando um segundo com uma precisão jordaniana e mudou o rumo das coisas. "Para mim, um segundo é muita coisa. Para outros, é muito pouco", disse James, que anotou 35 pontos. Veja o lance que garantiu os 96-95 para os Cavs e o empate na série.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Perguntas para o jogo 2

-- Como reagirá o Cleveland hoje à noite após a sua primeira derrota nos playoffs?
-- Qual será a estratégia de Mike Brown para frear Dwight Howard (foto) no garrafão?
-- O mundo viu que colocar Varejão na "dobra" a D12 quando Rashard Lewis está com a mão calibrada não é bom negócio. O que fazer então?
-- Como jogará o Orlando Magic nesta sexta-feira, após vencer um jogo 1 em que esteve perdendo por mais de 10 pontos?
-- Será que Mo Williams e Delonte West, considerada a melhor dupla de defesa de perímetro da NBA, conseguirão segurar o jogo de passes do Orlando Magic?

Respostas a partir das 21:30, na ESPN.

Os mesmos erros

Gostei e não gostei da convocação de Moncho Monsalve (foto) nesta quarta-feira. Foi legal ver nomes que poderão brilhar em um futuro próximo (Benite, Betinho, Jonathan, Jordan e Paulão, por exemplo), mas ao mesmo tempo, e sem falar na precocidade de Raulzinho (ele nem titular de seu time é!), eu não entendo porque não treinaremos os “caras” da NBA desde já.

Insisto nessa: precisamos de jogo, de entrosamento para Nenê, Leandrinho, Varejão e companhia - se é que eles virão mesmo, claro.

Pelo que se vê no site da CBB, este time que representará o Brasil na Copa América ficará junto por menos de 20 dias. É pouco. Por que perder tanto tempo? Por que não entrosá-los de uma vez por todas? Por que não aproveitar o giro pela Europa para mostrar uma nova cara do basquete brasileiro ao mundo?

Cada a dia a mais sem treinar com os que realmente podem nos devolver ao lugar de destaque internacional é um dia a menos para concretizar este sonho.

Justiça

O Denver já havia jogado melhor na partida número 1. Não venceu porque existia um Kobe Bryant inspiradíssimo no meio do caminho. Mas, conforme disse no post daquele dia, isso não se repetiria sempre em uma série tão equilibrada. E hoje à noite, com 34 pontos de Carmelo Anthony e 27 de Billups os Nuggets empataram a série após 106-103. Foi um partidaço, e a primeira vez que os angelinos perdem após fazerem mais de 100 pontos em uma partida da pós-temporada. Vale o alerta: basquete ainda é coletivo, e o elenco de George Karl parece mais arrumadinho.

Kobe terminou com 32 pontos, Ariza com 20 (19 até o meio do terceiro quarto) e Gasol com 17 e 17 rebotes, mas foi pouco. O time de Phil Jackson falhou demais no final, principalmente na defesa, mas a justiça foi feita: o Denver não poderia voltar para casa com um 0-2. Crueldade tem limite, né?

Estilo Twitter

O jogo ainda não acabou, mas uma coisa é certa: a arbitragem deste jogo 2 entre Lakers e Denver é patética! Os caras cometeram, brincando, quatro erros nos últimos dois minutos. No último deles, esqueceram de apitar a invasão de JR Smith no bola ao alto. Péssimo!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Joinvile também avança

Frustrado com a eliminação de seu time de futebol (o Fluminense) da Copa do Brasil, o técnico Alberto Bial tem motivos para sorrir nesta quinta-feira. O seu day after foi muito bom em Limeira. Seu grupo jogou bem demais, venceu os mandantes por 95-89 e fechou o playoff das quartas-de-final em 3 a 1. Avança, agora, para enfrentar o Flamengo na semifinal do NBB.

Cinco de seus atletas fizeram mais de 12 pontos (Manteiguinha fez 21 e seis assistências), o time todo cometeu apenas nove erros e mostrou frieza para matar o jogo no final. Parabéns a Bial e a seus comandados.

Não é zebra

Acho, sinceramente, que o Cleveland levará o título do Leste. Mas chamar a vitória de ontem do Orlando, por mais que tenha sido em Ohio, de zebra é exagerado. Com o triunfo desta quarta-feira, o time da Flórida faz 3-1 na temporada contra os Cavs. Não é zebra portanto. Duro é ver LeBron James fazer 49 pontos, seus outros quatro companheiros titulares chegarem aos dígitos duplos e o time cometer apenas cinco desperdícios e o Cleveland perder. Mas os 107-106, com uma bola sensacional de Rashard Lewis (foto) cravam: não será fácil. E vamos com tudo, porque este playoff está sensacional. Veja a bola que matou a partida abaixo.

Destaque, também, para Dwight Howard, que anotou 30 pontos e 13 rebotes. Um monstro!


O chute de Mo Williams

Conforme o pessoal da caixinha já havia me adiantado, fui ver agora o arremesso animal de Mo Williams. É inacreditável mesmo! Surreal! Coloco abaixo.


As nossas meninas

Apesar de a comissão da seleção feminina já estar definida com Janeth e Cesar Gidetti de assistentes técnicos e Paulo Bassul como treinador, falta o principal: o grupo de jogadoras. Por isso, Bert e eu aproveitamos o período de avaliações para fazer a lista daquelas que, em nossas cabeças, deveriam fazer parte do grupo de trabalho da seleção visando a Copa América. Este é um artigo feito a dois teclados, portanto. A gente espera, sinceramente, que todas as promessas de "campanha" de Bassul ainda estejam em sua cabeça.

Nosso critério foi simples: as melhores em atividade no país; as melhores “estrangeiras”; aquelas que, por diferentes motivos, precisam ser analisadas mais de perto (Zaine e Mariana Camargo, a menina da foto acima, por exemplo); algumas revelações que precisam de rodagem e treinamento qualificado; e um grupo de desenvolvimento formado por seis do time que irá ao Mundial Sub-19. Por isso a lista foi pensada de forma mais abrangente (18 + seis jovens). Vamos lá.

Armadoras: Natalia, Adrianinha e Babi
Ala-armadora: Karen, Mariana Camargo e Jaqueline
Ala: Micaela, Iziane e Fernanda Beling
Ala-pivô: Fran, Clarissa, Karina Jacob, Flavia Luiza e Silvia Gustavo
Pivô: Érika, Kelly, Zaine e Nádia
Grupo de desenvolvimento (Tássia Carcavalli está lesionada): Débora (armadora de Americana), Leila (linda ala de Americana na foto à direita), Fabiana (pivô de Americana), Tatiane Pacheco (ala de Jundiaí), Patricia ribeiro (ala de são Caetano) e Damiris (ala-pivô do Centro da Janeth).

E vocês, o que acham? Faltou alguém? A caixinha é de vocês!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Cleveland e Orlando

Vendo o jogo 1 entre Cavs e Magic? O blog deixa a caixinha de comentários aberta, mas só escreve sobre a partida na manhã desta quinta-feira.

Um show de análise

O Bert escreveu um artigo espetacular sobre o esfacelamento das novas gerações do basquete feminino brasileiro. Clique aqui e confira, porque é realmente um cenário de terra arrasada.

Palpitão: a final do Leste

Cleveland Cavs 4 Orlando Magic 1 - Com LeBron James e o seu potencial físico em cima de Hedo Turkoglu (sem força e fraco na defesa), o Cleveland leva muita vantagem justamente onde o Orlando é mais deficiente (Mo Williams em Rafer Alston e nos jogadores vindos do banco, por exemplo). Se isso não bastasse, Varejão já provou ser capaz de conter Rashard Lewis no perímetro e dentro do garrafão. A única preocupação da franquia de Ohio fica em como Ilgauskas defenderá Dwight Howard. No banco de reservas, Mike Brown é mais técnico que Stan Van Gundy também. E "psicologicamente" falando, o Cleveland é menos instável que os rapazes da Flórida.

E você, o que acha? Cleveland ou Orlando? A caixinha é sua!

A terça-feira gorda

No dia em que Franca bateu Brasília em duas prorrogações, que o Flamengo fez 87-84 para fechar o duelo contra o Pinheiros (3-0), que Minas massacrou Bauru (74-47) para abrir 2-0 e que o Joinvile manteve o mando de quadra ao bater Limeira por fáceis 77-63, o jogo que vi foi o entre Lakers e Nuggets. Vitória do time de Los Angeles por 105-103, um a série na final do Oeste, uma partida bastante estranha (irregular das duas partes) e uma arbitragem trágica.

No final, o jogo individual (e genial com 18 pontos no último quarto) de Kobe Bryant (foto) deu a vitória aos mandantes: 40 pontos - e apenas dois outros Laker passaram dos dez. Mas isso não deve servir de lição aos angelinos. Os Nuggets, que viram quatro atletas com 14 ou mais pontos, tiveram chance de vencer, mas perderam bolas bobas (a roubada derradeira de Ariza, por exemplo) e ouviram péssimas "chamadas" dos juízes. Carmelo Anthony terminou com 39 (14-20 nos chutes) e uma boa marcação em Kobe.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Fala, Hortência

"O nosso lema é simples: 'O que é bom para o basquete, nós vamos fazer'. Daremos todas as condições necessárias para atletas e as comissões técnicas trabalharem. Eu fui jogadora e sei muito bem a importância de ter uma boa preparação e condições ideais de treinamento"

"Temos uma defasagem de jogadoras e técnicos e precisamos desenvolver a renovação. Por isso o trabalho não é a curto prazo. Acredito que iremos sofrer um pouco por essa falta de material humano, mas estamos empreendendo esforços para que isso mude"

"Encontramos um trabalho em andamento. Chegamos à conclusão de que os melhores técnicos estão a frente das seleções atuais. O que tem que mudar é o modo de administrar e o grau de prioridade de cada competição. Estamos em fase de diagnóstico. Daremos uma chance a esse grupo que encontramos e avaliaremos no fim da temporada"

As ótimas declarações são de Hortência, em não menos excelente entrevista ao site da CBB. Parece que os novos ventos também chegaram à assessoria de imprensa da entidade. Que assim continuem.

Os playoffs do NBB

-- Rodrigo Alves esteve no Tijuca e acompanhou a vitória do Flamengo sobre o Pinheiros (92-85). Vale a pena conferir clicando aqui. Dois a zero para os rubro-negros, que podem matar a série nesta terça-feira, no mesmo ginásio. Marquinhos fez 37 pontos, mas perdeu novamente. Quem sabe ele tira alguma lição disso. Quem sabe, também, alguém avisa ao técnico Mortari que Bruno, seu filho, não passa de um jogador mediano (com bom humor, hein!).

-- Joinvile conseguiu providencial vitória contra Limeira, ontem, jogando em casa. Os 20 pontos de Manteiguinha (foto) foram fundamentais nos 85-75 (1-1 no duelo). Ainda em casa, o time de Alberto Bial precisa manter o mando de quadra nesta terça-feira para voltar ao interior paulista sem a corda no pescoço.

-- Hoje, além de Fla e Pinheiros e Joinvile e Limeira, teremos Brasília e Franca (1 a 0) e Minas e Bauru (1 a 0).

Palpitão: a final do Oeste

Denver Nuggets 4 Los Angeles Lakers 2 - O Denver Nuggets nunca chegou em uma final de NBA. Mas o jejum, ao menos na minha previsão, acaba nesta temporada. Melhor time do Oeste nos playoffs, ele vencerá o irregular, inconstante e desconcentrado time do Lakers na série. Roubará o mando de quadra logo na "primeira perna" do duelo, manterá os seus jogos na Pepsi Center e ratificará a classificação no jogo 6.

O Denver leva muita vantagem na armação, onde Billups está voando, ao contrário de Derek Fisher e Jordan Farmar (ambos em péssima fase). Se Kobe Bryant terá vantagem sobre Dahntay Jones, o mesmo pode-se dizer de Carmelo Anthony em cima de Trevor Ariza e Nenê em Andrew Bynum. No confronto mais equilibrado, Pau Gasol tem mais técnica que Kenyon Martin, mas muito menos físico que o ala-pivô dos Nuggets. Do banco de reservas também saem boas armas: J.R. Smith e Chris Andersen.

Carmelo Anthony (foto), tão criticado (inclusive por este blog), terá a sua redenção e a confirmação de uma ótima temporada. George Karl vencerá a sua primeira série contra Phil Jackson. Nenê será o segundo brasileiro em uma final. Chauncey Billups disputará a sua terceira decisão da liga. E Kobe Bryant terá que escutar todas durante as férias.

E você, o que acha? Quem será o representante do Oeste na final?

Basquete é cultura: 'Kobe Doin' Work'

Há três anos, no Festival de Cannes, o diretor Spike Lee viu um documentário sobre o francês Zinedine Zidane ("Zidane, um retrato do século XXI"). Ficou apaixonado pelo resultado daquelas 17 câmeras que pegaram todas as ações do então craque do Real Madrid. Tarado por basquete, Spike decidiu fazer o mesmo, e com outro gênio: Kobe Bryant.

Foi assim que nasceu "Kobe Doin' Work", exibido inicialmente no Tribeca Film Festival de 2009 e neste sábado (16) pela ESPN americana. Com a carta branca de Phil Jackson e de toda a NBA, Spike Lee e uma equipe com 30 câmeras tiveram acesso em todo o Staples Center e captaram todo o dia 13 de março de 2008 de Kobe Bryant, quando, no final dele, o camisa 24 anotaria 20 pontos na vitória do Lakers sobre o Spurs. Por isso o nome do documentário se justifica: é um "dia de trabalho" na vida de um dos esportistas mais conhecidos do mundo atual, com seus defeitos, seu vícios e suas qualidades.

O mais impressionante é o olhar que o diretor, que já tem inclusive engatilhado um documentário sobre Michael Jordan para 2010, conseguiu captar: o de um jogador com voz de comando (em vários momentos Kobe é visto dando instruções - em alguns com a prancheta nas mãos), comprometido com o time em um momento decisivo (era véspera de playoff) e ciente de seu papel (o craque fala, inclusive, sobre a sua mudança de postura em relação aos companheiros). Confira o trailer abaixo e divirta-se. O filme já está disponível na rede.


segunda-feira, 18 de maio de 2009

Iziane se apresenta ao Atlanta Dream

Acabo de receber, do Bert, a foto da apresentação de Iziane no Atlanta Dream. O time, que também conta com a pivô brasileira Érika (ainda não se apresentou), se reforçou com as veteranas Chamique Holdsclaw e Nikki Teasley, além da errática Michelle Snow. Ao menos pela pose, Izi parece feliz. Boa sorte para ela!

Para não passar batido

Conforme o Marcelo colocou na caixinha de comentários, Danny Granger, do Indiana Pacers, foi eleito o jogador que mais evoluiu na NBA. Prêmio merecido para este All-Star.

O ala é o primeiro jogador na história da NBA a aumentar, por três vezes seguidas, sua média em pelo menos cinco pontos. Em 2006, como estreante, ele teve 7,5 pontos. No ano seguinte, 13,9. Ano passado foram 19,6. E no atual campeonato, 25,8 (quinta melhor marca da liga), além de 5,1 rebotes, 2,7 assistências e 22,25 de eficiência.

Para se ter uma idéia, nem Reggie Miller, ídolo maior da franquia, pontuou tanto quanto Granger em uma temporada regular.

Novidades na rede

-- Vejo no sempre ótimo Território LNB que está criada a Associação dos Atletas Profissionais de Basquetebol do Brasil. Ratto será o presidente. E Marcelinho Machado o vice.

-- O ala Eddy (foto), atleta do Saldanha da Gama, criou um blog. Vale a pena conferir. É divertido, leve e o jogador se arrisca a comentar as partidas dos playoffs do NBB. É só clicar aqui.

Novidades da WNBA

-- Michael Cooper (foto) anunciou esta semana que ao final da temporada 2009 da WNBA não mais treinará o Los Angeles Sparks. Ele comandará o programa de basquete feminino da USC (Southern California). Ele não terá Candace Parker desde o começo. A ala-pivô teve a sua primeira filha na sexta-feira.

-- Acabou o mistério. Depois de muita especulação, Lauren Jackson, a gata e pivô australiana, anunciou que jogará mesmo pelo Seattle Storm. Mesmo com proposta do Phoenix Mercury, onde joga a sua amiga Diana Taurasi, ela decidiu permanecer na franquia onde conquistou o título em 2004.

-- Anne Donovan, primeira mulher a ganhar um título da WNBA como técnica e campeã olímpica com os EUA em Pequim, será assistente no New York Liberty. Muita gente aposta que a treinadora, Pat Coyle, não dura até a metade do ano.

Conflito de datas

Vejo que Leandrinho lançará seu Camp no começo de julho (o primeiro de 07 a 11, e o segundo de 11 a 15 - ambos em São Bernardo do Campo, São Paulo). De acordo com o programa disposto no site, o ala estará lá para acompanhar a garotada. A iniciativa é legal, maneira, merece aplausos. Se não fosse um detalhe: a programação da seleção brasileira que disputará a Copa América no meio disso tudo.

Uma rápida consulta no site da CBB indica: a primeira fase de treinos da seleção vai até o dia 8 de julho. Depois disso, o time de Moncho viaja a Portugal, onde joga amistosos entre os dias 10 e 12, e os Jogos da Lusofonia, entre 14 e 19. A conclusão é óbvia: Leandrinho não pode estar em dois cantos ao mesmo tempo (principalmente para os meninos do segundo grupo do acampamento), e desfalcará algum lado.

Aí fica a pergunta: aonde estará Leandrinho em julho? Em seu camp com a garotada, conforme prometido no site, ou com a seleção?

domingo, 17 de maio de 2009

O atual campeão está eliminado

Receita número um para ganhar um jogo 7 de playoff na casa do adversário, mesmo que ele não perca um deste tipo há mais de 20 anos: comece na frente. Número dois: na volta do intervalo, freie o jogo. Número três: como tiro de misericórdia, ataque-o no princípio do quarto período. Número quatro: se tiver sorte, reze para alguém sair do banco e pontuar bastante. Foi tudo isso o que o Orlando Magic fez nesta noite, em Boston, eliminando o atual campeão nas semifinais da conferência do Leste. Agora, o concentrado e frio time de Stan Van Gundy, acusado de falta de comando e péssimo controle emocional (bobeira!), enfrenta o Cleveland por vaga na final.

Seguindo o roteiro acima, o Orlando começou o jogo com 27-17. Impediu que o Boston acertasse suas bolas de três (4-16). Converteu grande parte das suas (13-21 e 61,9%). Teve em seus dois ótimos alas, Turkoglu (25 pontos, 12 assistências e sua melhor atuação na pós-temporada) e Lewis (19 pontos), ótimas armas. E no surpreendente Mickael Pietrus, saindo do banco, uma excelente surpresa (17 pontos) E abriu 15-4 no começo do quarto período. O resultado, uma lavada surreal de 101-82, classifica os Magic para um duelo que promete ser muito interessante contra o Cleveland.

Ao Boston fica a lamentação pela ausência de Kevin Garnett nos playoffs. Não sei se o cansaço influenciou muito neste duelo final. Ano passado os verdes também fizeram dois de seus confrontos iniciais em sete jogos, e ganharam. O camisa 5 é que não estava lá desta vez. E o brilho de Rashard Lewis na peleja de hoje só aumenta essa certeza de que, com ele, tudo poderia ter sido diferente. Não resta dúvida que em 2009-2010 os Celtics serão muito mais fortes. Perder, em alguns casos, pode fazer bem.